quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Placa solar sob a pele pode ser a futura ‘bateria’ de marca-passo

Dispositivo de apenas quatro centímetros pode fornecer energia a implantes eletrônicos

A energia solar é a próxima aposta da medicina, reduzindo o tamanho e dispensando o uso de baterias convencionais que precisam de manutenção em implantes eletrônicos (Adam Gault/Thinkstock/Getty Images)

Usar células solares para carregar implantes eletrônicos em pacientes é um antigo desejo da medicina. Felizmente, pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, divulgaram nesta terça-feira um estudo que aponta um caminho para o desenvolvimento de uma “bateria” capaz de atingir esse objetivo.

Os cientistas testaram uma pequena placa de 3,6 centímetros quadrados para simular um implante de células solares debaixo da pele e descobriram que ela, sozinha, era capaz de produzir energia suficiente para carregar um marca-passo padrão. Com isso, os pesquisadores esperam que pacientes que precisam de implantes eletrônicos não tenham mais que passar constantemente por procedimentos cirúrgicos para trocar a bateria dos aparelhos.

A pesquisa, que foi publicada no periódico Annals of Biomedical Engineering, é a primeira a conseguir bons resultados na área. Os cientistas conseguiram criar dispositivos capazes de medir a quantidade de energia gerada por pequenas células solares – tecnologia essencial para saber qual o verdadeiro rendimento das placas subcutâneas. Ao todo, dez dessas células foram revestidas por filtros óticos para simular as propriedades da pele humana e como elas influenciam a passagem da luz. Depois, cada uma das placas foi colocada no braço de dez voluntários, que deveriam usá-las por uma semana durante o verão, outono e inverno.
Dispositivo de medição solar fixo no braço

Placa de células solares com filtros óticos presa ao braço de voluntário (Lukas Bereuter/Eurekalert/Divulgação)

As células solares funcionam convertendo a luz do Sol que penetra a pele em energia elétrica. Independentemente da estação, os pesquisadores perceberam que mesmo a placa com o pior desempenho ainda fornecia uma quantidade média de 12 microwatts, mais do que suficiente para abastecer um dispositivo como um marca-passo comum.

Por dispensar o uso de baterias convencionais, a placa também oferece a vantagem de reduzir consideravelmente o tamanho dos implantes. Com isso, os pesquisadores também esperam, futuramente, utilizar essa tecnologia para outras aplicações em humanos – essa forma alternativa de energia poderia ser usada, por exemplo, em biochips, que têm se tornado cada vez mais comuns.

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