quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Entrevista sobre hemorroidas com Dr. Marcon

Entrevista com o especialista em Gastro cirurgia e Proctologia Marcon Censoni de Avila e Lima, chefe do Serviço de Internistas E Hospitalistas do Hospital A.C. Camargo, além de integrar além de integrar a equipe médica do Hospital Sírio Libanês, Israelita Albert Einstein e São Luiz (www.drmc.com.br).

Criasaude - O que são as hemorróidas?

Dr. Marcon - Hemorroidas são dilatações venosas do plexo existente em reto distal, canal anal e anus. Todos nós temos em nossa anatomia, um plexo venoso (enovelado de pequenas “veias”).

No decorrer da vida, pelo fato de sermos bípedes, ou seja, andarmos em pé, a pressão venosa dessa região aumenta, e essas veias vão se dilatando.

Obviamente hábitos de cada um, características pessoais e alimentares que vão determinar maior dilatação e por consequência mais sintomas.

Criasaude - Qual a diferença entre hemorroidas internas e externas?

Dr. Marcon - A diferença é a localização, e por vezes os sintomas. As hemorroidas internas estão locazidas no reto distal e canal anal, já as hemorroidas externas são dilatações das veias sob a pele do ânus.

As hemorróidas internas são graduadas de I a IV. O grau I de dilatação, só é identificável com a realização da anuscopia, onde o especialista introduz um pequeno aparelho no ânus e consegue ver o revestimento do canal anal e reto distal. A principal queixa deste tipo de dilatação é o sangramento às evacuações. As hemorroidas grau II, são as nodulações venosas que saem pelo ânus, devido ao esforço, mas que retornam espontaneamente. Já as do grau III, saem pelo ânus e é necessário ajuda com o dedo para que retornem ao interior do canal anal. As do grau IV são tão dilatadas e volumosas, que permanecem constantemente exteriorizadas.

As hemorroidas externas não têm graduações. Caracterizam-se pela dilatação das veias externas do ânus e esgarçamento da pele da região anal. A única forma de tratar é retirar este excesso de pele cirurgicamente.

Criasaude - Como ocorre a inflamação das veias intestinais e anais? Quais são os fatores de risco e os grupos de pessoas mais afetados?

Dr. Marcon - A sensação de “inflamação”, decorre de hábitos alimentares com alimentos que deixarão as fezes mais causticas e à constipação intestinal (“prisão ventre”) devido ao esforço necessário para evacuar.

Pacientes que realizam esforços físicos (alguns tipos de trabalhos braçais ou musculação ou ciclismo ) podem ter mais sintomas de sensação de incomodo na região anal.

Criasaude - O consumo de pimenta pode causar hemorroidas? Qual é a importância do tipo de alimentação no caso de hemorroidas?

Dr. Marcon - Comento sempre com meus pacientes que a pimenta, shoiu ou outros condimentos, não causam hemorróidas, mas sempre lembram o paciente que elas existem.

A dilatação destas veias tem mais a ver com características pessoais, constipação ou habitos que aumentam a pressão venosa na região.

A principal orientação é evitar alimentos cáusticos, que vão agredir estas veias na saída das fezes, e sobretudo uma dieta rica em fibras e muito liquido, que permita a evacuação sem esforço .

Criasaude - Muitos dizem que ficar muito tempo sentado no vaso, como por exemplo, lendo o jornal pode causar hemorroida. Isto é verdade ou trata-se de uma lenda?

Dr. Marcon - Isso é verdade!

Como havia dito, a dilatação destas veias é mecânica, e não química, sendo assim, o maior tempo no vaso sanitário, lendo ou fazendo força para eliminar fezes, vai propiciar a dilatação destes vasos.

Criasaude - O sexo anal pode causar hemorroidas?

Dr. Marcon - Não há evidencias disto. Os cuidados com o sexo anal estão relacionados a prevenção de transmissão de doenças e lesões da região anal por falta de relaxamento e lubrificação, mas nada relacionado a hemorroidas.

Criasaude - Quais são os sintomas característicos das hemorroidas?

Dr. Marcon - O principal sintoma e queixa dos pacientes é o sangramento as evacuações. Mas sempre lembrando que sangramento nas fezes, nem sempre são hemorroidas. Portanto um especialista deve ser consultado, para afastada outras causas, como pólipos, tumores ou doenças inflamatórias do cólon e reto.

Criasaude - Quando é necessário procurar um médico especialista?

Dr. Marcon - Sempre que houver sangramento as evacuações, ou dificuldade de eliminação das fezes, sensação de dor ou sensação de evacuação incompleta.

Obviamente, sendo o câncer de cólon e reto bastante incidente na população geral, após os 35 ou 40 anos, os pacientes deveriam fazer um check-up do aparelho digestivo, o que inclui avaliação do cólon, reto e anus.

Criasaude - Hemorroidas podem virar câncer?

Dr. Marcon - Jamais. Não acontece a maliginização destas veias dilatadas.

Porém, é comum o paciente achar que a “bolinha no ânus”, ou o sangramento na hora de evacuar ser originário de hemorroida, mas na verdade pode se tratar de algum outro tipo de lesão mais preocupante, como o câncer.

Criasaude - Existe cura para hemorroidas? Quais são os tipos de tratamento? Existe alguma novidade de tratamento no mercado brasileiro?

Dr. Marcon - Não existe cura com medicações, mas existe controle de sintomas. A única forma de tratar definitivamente os vasos que estão dilatados é operando, por qualquer técnica que seja.

Muitos falam de novidades no mercado nos últimos 15 anos, mas nada comprovadamente é o melhor.

Mesmo porque, diferentes graus de hemorroidas internas, ou a presença de hemorroidas externas, exigem tratamentos diferentes e mais adequados a cada caso pontualmente.

Essa é a principal dica: procurar um especialista que dispõe de um arsenal amplo de técnicas, usando cada uma delas, no caso adequado de seu paciente.

Houve a época onde a novidade do “laser” na ressecção das hemorroidas, teve grande repercussão, mas hoje sabemos que este é indicado somente para alguns casos selecionados.

O mesmo acontece com a técnica por Grampeamento ( PPH)

No momento atual surge o THD, porém também possui indicações precisas e não cabe ser usado em todos os tipos de hemorroidas. Assim como as demais técnicas, tem suas taxas de complicações.

Criasaude - A ligadura é indicada para quais casos?

Dr. Marcon - É indicado somente para os casos de hemorroidas internas grau I ou II. Não se pode tratar as hemorroidas externas com esta técnica.

Criasaude - Os processos cirúrgicos são indicados para quais casos?

Dr. Marcon - A decisão de usar esta ou aquela técnica operatória é determinado por uma conjunção de fatores como :tamanho e extensão das hemorroidas, localização (internas ou externas), hábitos do paciente, condições locais e de saúde.

De maneira geral, nenhuma técnica é a IDEAL, afinal todas apresentam taxas de incomodo, dor ou complicações pós-operatórias.

Quanto menor a hemorroida tratada, menor as chances de dor no pós-operatório.

Lembrando que as hemorroidas externas de maneira geral, tem como único tratamento a ressecção (retirada) do excesso de pele .

Criasaude - As pomadas são eficientes?

Dr. Marcon - Dão alívio em alguns casos mais agudos, mas a hemorroida continuará lá, provocando seus sintomas. Elas são mais úteis quando utilizadas no pós-operatório.

Criasaude - Qual a opinião do senhor sobre o uso de plantas medicinais, como a hamamélis e a camomila, no tratamento adjuvante das hemorroidas?

Dr. Marcon – São úteis para no alivio dos sintomas, pois possuem propriedades anti-inflamatórias. É necessário lembrar que a veia hemorroidária, uma vez dilatada, não volta ao seu estado “normal” só com medicações tópicas. No entanto, são extremamente úteis no pós-operatório.

Criasaude - Quais são as possíveis complicações da hemorroida? O que trombose hemorroidária e como deve ser tratada?

Dr. Marcon – A principal queixa que ouço de meus pacientes é o sangramento as evacuações, mas também nodulações em região anal.

Mas a principal complicação é a trombose hemorroidária, em alguns casos muito dolorosa, marcada pela queixa de “nodulação endurecida de aparecimento repentino” na região anal , que surge após esforço evacuatório ou esforço físico.

SEMPRE se deve procurar um especialista, ou pronto socorro, para afastar outro diagnostico diferencial como abscesso perianal ou fissura anal.

Confirmada a trombose hemorroidária, inicia-se o tratamento com antiespasmódicos, anti-inflamatórios orais, banhos de assento com substâncias específicas.

Em alguns casos, pode ser necessário internação para alívio completo da dor. Evita-se ao máximo operar nesta fase, devido ao intenso processo inflamatório e inchaço da região anal.

Adriana Sumi - Outubro,2012.
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O retorno da vida sexual após o parto vaginal

O parto vaginal tem sido relacionado como um dos fatores precipitantes da incontinência urinária e da dificuldade em retornar a penetração vaginal. Visto que o parto vaginal pode causar estiramento e compressão dos nervos locais, da fáscia uretrovesical e do músculo elevador do ânus, podendo causar trauma neuromuscular ao períneo. A disfunção sexual feminina é um fenômeno frequente. Os autores Piassarolli et al (2010) relatam o estudo sobre os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde e Vida Social (NHSLS), este mostra que entre 30 e 50% de mulheres americanas têm algum tipo de disfunção sexual.

No Brasil, o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (EVSB), no qual foram pesquisadas 3.148 mulheres em 18 cidades, observou que 51% delas referiam alguma disfunção sexual. Em estudo semelhante, foi encontrado 49% das mulheres com pelo menos uma disfunção sexual, sendo o desejo sexual hipoativo (26,7%) o mais encontrado, seguido de dispareunia – dor na penetração (23,1%), e disfunção orgástica (21%).

As causas de disfunção sexual nas mulheres são multifatoriais, envolvendo aspectos físicos, psicológicos, sociais ou até mesmo sendo de causa desconhecida. As mais apontadas na literatura são a idade, o déficit de estrogênio pela menopausa, as cirurgias e partos vaginais, fadiga, consumo de álcool ou drogas, gravidez, doenças crônicas e o desuso da musculatura perineal.

Muitas grávidas não realizam atividade sexual no final da gravidez e isto pode causar um desuso muscular local, e se associado com fatores psicológicos pode ocasionar tensão nos músculos íntimos, causando muita dor e ardência na penetração, dificulta uma relação sexual saudável e prazerosa. Com o tempo a mulher começa a evitar a penetração e seu companheiro, e pode apresentar baixo desejo sexual e lubrificação vaginal. Há casos que a musculatura perineal vai se fechando ao ponto de a mulher não conseguir a penetração vaginal, diagnóstico de vaginismo secundário. O tratamento com a Fisioterapia em sexologia nestes casos atua nos músculos vaginais que estão contraídos e com possíveis lesões pós-parto, favorecendo o retorno da penetração, com melhora da lubrificação, do prazer e do desejo sexual, além de proporcionar o conhecimento e a melhora da sexualidade da mulher e do casal.

fonte:http://www.corposaun.com/o-retorno-da-vida-sexual-apos-o-parto-vaginal/22275/
Por Lais
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Cerca de 30% dos brasileiros têm mau hálito

Cerca de 30% dos brasileiros, aproximadamente 50 milhões de pessoas, têm mau hálito. A informação é da Associação Brasileira de Halitose, baseada em pesquisas realizadas no Brasil. Segundo especialistas, a definição livre de halitose, ou mau hálito, é a liberação de odores sulfúricos desagradáveis pela boca ou mesmo pela respiração nasal. A halitose não é uma doença, e sim um sinal ou sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser identificado e tratado. Esse distúrbio pode causar problemas, afetando relacionamentos no trabalho, na vida social e íntima.

De acordo com o odontologista, Julio Cezar Sá Ferreira mais de 90% dos casos de halitose vêm da boca, especialmente da língua. Por isso qualquer investigação deve começar pelo dentista. Outros profissionais como o otorrinolaringologista e o gastroenterologista deverão ser consultados caso o problema não esteja na boca, ou só na boca. Segundo o dentista a halitose crônica geralmente é causada pela doença periodontal, resultado da má higienização bucal. “A falta de higiene bucal pode acumular placas bacterianas nos dentes e amígdalas e também nas gengivas, causando sangramento, gengivite, periodontite e o temido mau hálito”, esclarece. Ele lembra, ainda, que a língua também precisa de atenção na hora da limpeza bucal e deve ser sempre escovada após as refeições. “A saburra lingual, material branco ou amarelado no dorso posterior da língua, é uma massa bacteriana e pode produzir odor ruim”.

Alguns alimentos também podem causar halitose, a chamada halitose transitória, que se manifesta de repente e desaparece pouco tempo depois, alguns deles são a cebola e o alho. Outros, aliados a atitudes saudáveis, podem ajudar a combater o mau hálito. Os principais, que diminuem e evitam a halitose, são os que ajudam o sistema digestivo e que têm poder adstringente.

Há algumas dicas sobre as causas do mau hálito e outras para melhorar, refrescar e mesmo curar a halitose: Escove seus dentes e língua duas a três vezes ao dia: Quando estiver fazendo a escovação dos dentes e gengivas, escove bem sua língua, pois a mal cheirosa saburra deve ser eliminada. Há também nas farmácias os raspadores de língua, que são muito eficientes na remoção dessa saburra que é a maior responsável pelo mau hálito. Use o fio (ou fita) dental ao menos uma vez ao dia: O uso do fio ou fita dental remove partículas de comida escondidas e remove a placa bacteriana que se forma em volta dos dentes. Seu uso ajuda a prevenir a doença periodontal – outra causa comum da halitose.

Gargareje e bocheche com um antisséptico sem álcool (com flúor): O flúor previne contra a cárie, que além de causar dor de dente, tem um odor horrível.

Beba muito líquido (preferencialmente água): A falta de líquido pode levar à boca seca (xerostomia) e causar halitose. Boca seca ou saliva reduzida pode ser resultado da falta da ingestão adequada de líquidos, respiração bucal, medicações (ansiolíticos, antihistamínicos, etc) e estresse elevado. Coma iogurte duas vezes ao dia e ervas, para um hálito mais doce: Iogurte preenche o intestino de boas bactérias (as probióticas) e contribui para um hálito agradável. Outra boa dica é comer salsinha entre as refeições. A salsinha é conhecida por suas propriedades antibacterianas e antifúngicas. Cravo, anis e gengibre também ajudam e fazem bem à saúde geral.

FONTE:http://www.corposaun.com/cerca-de-30-dos-brasileiros-tem-mau-halito/22281/
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dormir pouco pode aumentar o risco de diabetes na adolescência

Pesquisa americana revela que o sono equilibrado reduz chances de desenvolver doença

Se a maioria das crianças resiste à hora de ir para a cama, quando chega à adolescência o trabalho dos pais em convencer os filhos a dormir redobra. Essa é a fase da vida em que facilmente se troca noites de sono pelo computador ou pelas baladas. Só que o costume de dormir pouco pode aumentar o risco de o jovem contrair diabetes.

Segundo pesquisa da Universidade de Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, o sono equilibrado diminui os níveis de resistência à insulina e reduz as chances de desenvolver a doença. O estudo, publicado no jornal “Sleep”, acompanhou os padrões de sono e a resistência à insulina de 245 adolescentes saudáveis. E comprovou que a maior resistência à insulina estava ligada à menor duração de sono, sendo indiferentes outros fatores como sexo, idade, raça e índice de massa corporal.

Além de aumentar o risco de contrair diabetes, a privação do sono na adolescência pode limitar a capacidade de concentração e aprendizagem, causar agressividade e impaciência e provocar ansiedade.

Por Yasmin Barcellos 
fonte:http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corpoevida_mat&url_id=5093
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Suco de beterraba para lutar contra a hipertensão - Novo estudo

Um estudo australiano publicado em 11 de dezembro de 2012* no Jornal de Nutrição demonstrou que beber um grande copo de suco de beterraba reduz a pressão arterial em 4 a 5 ​mmHg em homens saudáveis.

A hipertensão é uma doença muito comum, que pode causar graves complicações, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Baixar a pressão, mesmo que seja alguns mmHg (milímetros de mercúrio) é muito benéfico. Os pesquisadores acreditam que essa redução de 4 a 5 pontos mmHg diminuiria em 10% o número de mortes causadas pela hipertensão.

Organização do estudo
Pesquisadores australianos administraram a 30 voluntários saudáveis ​​(15 homens e 15 mulheres) 500 gr de suco de beterraba e 500 gramas de suco de maçã (de cor vermelha para se assemelhar com o suco de beterraba) para agir como um placebo. Deve-se notar que o suco de beterraba contém um pouco de suco de maçã (28% de maçã e 72% de beterraba) e que o suco continha uma concentração de nitrato de 15 mmol por litro.

O estudo foi conduzido como duplo-cego, randomizado (aleatório) e crossover (cruzamento).

Para participar do estudo, cada indivíduo deveria ter uma pressão arterial sistólica superior a 120 mmHg (pressão maior do que 12), ou seja, não ter hipotensão e ser saudável.

Os 30 participantes consumiram um suco de beterraba e um suco do placebo (suco de maçã), com duas semanas de intervalo, a ordem de administração variou de um indivíduo para outro (aleatório). Por exemplo, se um voluntário recebeu (sem saber) o suco de beterraba, duas semanas depois ele recebeu o placebo e vice-versa, se ele começou tomando o placebo. Depois de cada suco (beterraba ou placebo), os investigadores mediram a pressão de cada indivíduo durante 24 horas após a ingestão.

O efeito dos nitratos
Os investigadores notaram que o suco de beterraba é rico em nitratos, substância que é responsável pelo efeito hipotensor. No corpo humano os nitratos são transformados em óxido nítrico (NO). Esta molécula é responsável pelo relaxamento e dilatação dos vasos sanguíneos. O fluxo de sangue se torna mais fácil, reduzindo assim a pressão.

Inconclusivo para mulheres
Embora este estudo também tenha incluído mulheres (N = 15), as análises estatísticas não conseguiram concluir um efeito cientificamente aceitável. Uma possível explicação para a diferença de gênero neste estudo vem do fato de que as mulheres que participaram do estudo foram em média mais velhas do que os homens. Além disso, algumas mulheres tomavam outros medicamentos tais como contraceptivos (interações potenciais) que podiam causar um viés.

Beber suco de beterraba!
Com os homens estudados (N = 15), foi possível chegar a um resultado interessante. Neste grupo, o consumo de suco de beterraba levou a uma redução da pressão de 4 a 5 mm Hg, 6 horas após a ingestão.

Outros estudos já demonstraram a eficácia do suco de beterraba contra a hipertensão (leia aqui os resultados destes estudos), com resultados às vezes até mais significativos, com uma redução de 10 mmHg, em alguns casos. A novidade neste estudo australiano é que o consumo de suco de beterraba pode, pelo menos em humanos, causar uma diminuição da pressão sanguínea em indivíduos saudáveis ​​que não estão em uma dieta especial. O suco de beterraba pode ter um efeito preventivo contra a hipertensão.

Lembre-se também que o suco de beterraba, novamente por causa de sua concentração de nitrato, tem um efeito positivo sobre a prática de esporte que aumenta o desempenho. Estima-se também que a beterraba desempenha um papel preventivo contra o câncer do intestino. Conclusão: não hesite em comer ou beber regularmente beterraba, se possível crua, para manter todas as suas propriedades nutricionais. É realmente um "super-alimento".

E lembre-se do ditado muitas vezes usado, "quanto mais colorida a comida, mais ela é interessante para saúde! ". A beterraba é a ilustração perfeita.

Por Xavier Gruffat, Farmacêutico, 21 de janeiro de 2013.

* Mais informações sobre este estudo, veja aqui o estudo completo em Inglês.

fonte:http://www.criasaude.com.br/N18340/suco-de-beterraba-para-lutar-contra-a-hipertensao-novo-estudo.html
imagem: jornalcorrida.com.br
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Pesquisadora defende suplementação com vitamina D para idosos

Estudos coordenados por Marise Lazaretti Castro (Unifesp), com apoio da FAPESP, revelam que a carência do nutriente na população de São Paulo é grande, principalmente entre os mais velhos (Marcos Santos/USP Imagens)

Agência FAPESP – A carência de vitamina D em grandes centros urbanos como São Paulo já atingiu índices alarmantes, especialmente entre os idosos. O alerta é da médica Marise Lazaretti Castro, professora da Disciplina de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina e pesquisadora do tema há mais de 15 anos.

Nesse caso, no entanto, a alimentação inadequada não é a vilã, e sim a falta de exposição solar. A maior parte do nutriente é sintetizada na pele, com o estímulo dos raios ultravioleta. O processo é prejudicado pelo uso de filtros.

“Costumam dizer que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens”, afirmou Castro.

O estilo de vida moderno, afirmou a pesquisadora, não favorece os banhos de sol. A fim de se adequar à nova realidade, é preciso suplementar.

Para Castro, a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina de acompanhamento geriátrico e ser regra entre os grupos de risco para fratura, como idosos institucionalizados, pacientes com lúpus, portadores de osteoporose e mulheres na pós-menopausa. Leia a seguir a entrevista concedida pela pesquisadora à Agência FAPESP:

Agência FAPESP – Mesmo sendo o Brasil um país tão ensolarado, é possível que a população sofra com a falta de vitamina D?

Marise Lazaretti Castro – A deficiência na população é muito grande, principalmente entre os idosos institucionalizados. Em uma pesquisa feita na cidade de São Paulo, mostramos que 92% dos 177 idosos institucionalizados avaliados tinham valores insuficientes de vitamina D. No caso dos 243 idosos que moravam em domicílio, o número foi de 85%. Entre os 141 jovens que compuseram o grupo controle, a taxa foi de 40%. Quando avaliamos a proporção de pessoas com deficiência de vitamina D, que são valores ainda mais abaixo do ideal, o índice foi de 40% entre os idosos institucionalizados, 15% entre idosos em domicílio e 5% entre os jovens. Essa pesquisa foi concluída em 2004 e estudos posteriores indicaram que, embora os números de deficiência entre idosos institucionalizados sejam assustadores, eles continuam não recebendo suplementação. Provavelmente os médicos nem se lembram disso. Agora existem dados nacionais robustos que confirmam nossos achados sobre a prevalência da deficiência de vitamina D em outras populações. A insuficiência é encontrada desde o Recife até Porto Alegre.

Agência FAPESP – O que caracteriza a insuficiência e a deficiência de vitamina D e qual é a consequência em cada caso?

Castro – Os estudiosos mais conservadores afirmam que o ideal seria 20 nanogramas (ng) de 25-hidroxivitamina D (25OHD) – que é o metabólico dosado no exame – por mililitro (ml) de sangue. Nossos resultados, entretanto, estão de acordo com a Sociedade Americana de Endocrinologia, que defende valores acima de 30 ng/ml. Abaixo de 10 ng/ml é considerado deficiência. Valores entre 10 e 30 ng/ml são considerados insuficiência e já estão associados ao aumento do risco de fratura osteoporótica, pois há elevação da produção do hormônio da paratireoide, o PTH, que provoca a desmineralização do osso. Esse quadro é conhecido como hiperparatireoidismo secundário à insuficiência de vitamina D. Já os casos de deficiência causam uma doença ainda mais grave: a osteomalácia, que é o amolecimento dos ossos. Também causa fraqueza muscular muito grande. Estudos recentes têm associado a deficiência de vitamina D a uma série de outros problemas de saúde, como câncer de mama, de próstata, colorretal, além de condições autoimunes, como diabetes e esclerose múltipla.

Agência FAPESP – Quais são as causas da hipovitaminose na população brasileira?

Castro – Falta de exposição solar e uso de filtro solar. Quando os médicos recomendam aos seus pacientes que usem protetor e evitem o sol do meio-dia, deveriam também prescrever suplementação de vitamina D. Dizem que 20 minutos de exposição nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde são suficientes, mas isso não é necessariamente verdade. É difícil você saber ao certo o quanto de sol é necessário. Pessoas negras precisam de mais tempo do que pessoas brancas e os idosos levam pelo menos o triplo do tempo para produzir a mesma quantidade de vitamina que os jovens. Além disso, é necessária uma dose eritematosa de raios ultravioleta para estimular a produção de vitamina D, ou seja, aquela quantidade de sol que deixa a pele avermelhada. Os dados de nossas pesquisas mostram que os níveis séricos de vitamina D estão muito vinculados à exposição solar e há uma variação sazonal. Os meses após o verão, ou seja, no outono, foram aqueles em que os níveis estavam mais altos. Após o inverno, foram os meses com níveis mais baixos. Nos jovens, a queda é de quase 50%.

Agência FAPESP – A alimentação influencia?

Castro – É praticamente irrelevante. Trabalhos recentes mostram que a ingestão diária fica abaixo de 100 unidades de vitamina D por dia. São poucos os alimentos com quantidades significativas e eles não são consumidos com muita frequência – peixes gordos como atum, salmão e cavala. Agora começaram a surgir alimentos fortificados com vitamina D, como iogurte e leite. Pode ser que melhore um pouco a ingestão, mas não acho que vai suprir a quantidade ideal.

Agência FAPESP – Qual seria a ingestão diária ideal?

Castro – Costumamos nos basear nas determinações das agências de saúde americanas. Na última revisão eles aumentaram para 600 unidades diárias, mas ainda acho pouco, principalmente para os grupos de risco para fratura. Um trabalho feito com pacientes atendidos no Ambulatório de Osteoporose da Disciplina de Endocrinologia da Unifesp – a maioria composta por mulheres na pós-menopausa – mostrou que, pelo menos nesse caso, foi necessária uma ingestão acima de 2 mil unidades diárias para manter os níveis ideais. Esse trabalho também mostrou que os pacientes que praticavam atividade física tinham níveis maiores de vitamina D.

Agência FAPESP – Qual é a relação com a atividade física?

Castro – Ainda não sabemos ao certo, com certeza é um tema que precisa ser investigado em uma pesquisa futura. Além de a prática de atividade física ao ar livre estar relacionada com maior chance de exposição solar, a vitamina D, por ser lipossolúvel, poderia ter sua meia-vida alterada nas situações de maior metabolismo energético.

Agência FAPESP – Quais são os grupos que precisam de maior atenção com a suplementação?

Castro – O trabalho sobre a variação sazonal mostrou que negros tinham valores mais baixos de vitamina D do que brancos. Os homens tinham valores mais baixos do que mulheres. E quanto mais velho o voluntário, menor foi o valor de vitamina D. Idosos institucionalizados sem dúvida são um grupo de risco para fraturas e a suplementação com vitamina D deveria fazer parte da rotina. Outro estudo mostrou que pacientes com lúpus eritematoso sistêmico – proibidos de tomar sol para não estimular a atividade da doença – também têm risco aumentado de fratura.

Agência FAPESP – A suplementação deveria fazer parte do acompanhamento geriátrico para todos os idosos, na sua opinião?

Castro – Sim. Em nosso ambulatório prescrevemos para todos os pacientes atendidos. E percebemos com esse último trabalho que mil unidades ainda é uma dose baixa. Outra pesquisa do grupo mostrou que a simples suplementação com vitamina D pode aumentar a força muscular dos idosos com deficiência de vitamina D. Foram avaliados 46 pacientes divididos aleatoriamente em dois grupos. Metade recebeu suplementação e a outra, placebo. No grupo suplementado, a força dos músculos flexores de quadril aumentou 16,4% em relação aos níveis basais. A força dos músculos extensores de joelho subiu 24,7%. Como esses são os músculos responsáveis pela marcha, o ganho de força muscular também diminui o risco de quedas.

Agência FAPESP – Há riscos de efeitos adversos com a suplementação?

Castro – Não nas doses que estamos recomendando, de 2 mil unidades. Para haver intoxicação seriam necessárias mais de 10 mil unidades diárias por mais de seis meses. Durante toda a minha vida, presenciei poucos casos de intoxicação e todos por erro de formulação. O problema é que há poucas apresentações de vitamina D pura nas farmácias. A maioria das fórmulas tem vitamina A ou cálcio associados ou é polivitamínica. Para atingir os valores ideais de vitamina D, poderia haver excesso de vitamina A, por exemplo. Muitos pacientes compram formulações em farmácias magistrais, mas não há um controle de qualidade adequado. A vitamina é pouco estável e, se a matéria-prima for ruim, pode não funcionar. São necessárias mais apresentações de medicamentos industrializados, que têm estabilidade, segurança e eficácia mais garantidas. Os laboratórios do governo poderiam fabricar a um custo muito baixo e com benefícios grandes para a população. Também defendemos que a vitamina D seja incluída no rol de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), pois hoje ela não é fornecida.

Agência FAPESP – Quais seriam os principais benefícios da suplementação?

Castro – O principal, com certeza, seria a diminuição dos casos de fratura, especialmente em idosos. Nos casos mais graves de deficiência, ajudaria a melhorar a força muscular. Tem uma série de outros benefícios que têm sido associados ao uso de vitamina D, como a redução do risco de câncer, melhora na resposta imunológica a infecções e redução no risco de doenças autoimunes. Mas os médicos ainda têm medo de prescrever. É uma cultura que precisa mudar para se adequar ao modo de vida atual. A gente não trabalha mais ao ar livre, usa filtro solar, quase não anda a pé e ainda não nos adequamos a essa realidade.

O artigo Treatment of Vitamin D Deficiency Increases Lower Limb Muscle Strength in Institutionalized Older People Independently of Regular Physical Activity: A Randomized Double-Blind Controlled Trial (doi: 10.1159/000235874), pode ser lido em content.karger.com/ProdukteDB/produkte.asp?Aktion=ShowPDF&ArtikelNr=235874&Ausgabe=250369&ProduktNr=223977&filename=235874.pdf .

O artigo Increases in summer serum 25-hydroxyvitamin D (25OHD) concentrations in elderly subjects in São Paulo, Brazil vary with age, gender and ethnicity (doi:10.1186/1472-6823-10-12), pode ser lido em www.biomedcentral.com/1472-6823/10/12.

O artigo Prevalência da Deficiência, Insuficiência de Vitamina D e Hiperparatiroidismo Secundário em Idosos Institucionalizados e Moradores na Comunidade da Cidade de São Paulo, Brasil (doi: 10.1590/S0004-27302007000300012 ), pode ser lido em www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302007000300012&lng=en&nrm=iso .

O artigo Vitamin D deficiency in patients with active systemic lupus erythematosus (doi: 10.1007/s00198-008-0676-1), pode ser lido em link.springer.com/article/10.1007%2Fs00198-008-0676-1.

O artigo The effect of sun exposure on 25-hydroxyvitamin D concentrations in young healthy subjects living in the city of São Paulo, Brazil (doi: 10.1590/S0100-879X2006005000162 ), pode ser lido em www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-879X2007001200009&script=sci_arttext .

fonte:http://agencia.fapesp.br/16745 
Por Karina Toledo
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