terça-feira, 30 de setembro de 2008

45% das espécies da Amazônia estão ameaçadas

Luciana Abade, Jornal do Brasil

BRASÍLIA - Quase metade das espécies de árvores da Amazônia podem ser extintas até 2100 se as emissões mundiais de dióxodo de carbono continuarem aumentando. A temperatura média global pode subir 4,5 graus e o impacto imediato será a falta de água que, já em 2050, pode afetar de 1,6 a 2,6 bilhões de pessoas. A estimativa assustadora foi anunciada ontem, em Brasília, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês).
– O aquecimento global é inequívoco – afirmou Martin Parry, do IPCC. – Para o Brasil ainda há muita incerteza, mas já temos evidências científicas que não só o Nordeste, mas o Sul do país sofrerá com a falta de água.

Para evitar os piores impactos, o IPCC afirma ser necessário um acordo mundial para que todos os países reduzam 80% de emissões de gases até 2050. Eles levarão essa proposta para a reunião de Copenhagen, na Dinamarca, que ocorrerá em dezembro de 2009 para fechar um acordo climático que substituirá o Protocolo de Kioto.

Responsabilidade brasileira

De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Carlos Nobre, o desmatamento na Amazônia é responsável por 55% das emissões brasileiras. O quadro torna-se ainda mais grave quando se constata que 70% desse desmatamento ocorre de maneira ilegal. Já a agricultura é responsável por 25% das emissões, sendo que a maioria é do gás metano do rebanho bovino brasileiro, o maior do mundo, com mais de 200 milhões de animais. O setor de energia é responsável por 17% das emissões.

Para Nobre, o Brasil deveria concentrar-se no combate ao desmatamento da Amazônia. O país ainda não tem tecnologia para diminuir a produção do metano.

– A condição do Brasil, de ser o quarto maior emissor, obriga-nos a assumir responsabilidades – acredita Nobre. – Mais de 50% do PIB brasileiro depende dos recursos naturais renováveis, mas o PIB brasileiro associado com o desmatamento é de apenas 1%.

O pesquisador defende que os países desenvolvidos recompensem financeiramente os países em desenvolvimento que reduzirem as emissões por desmatamento. Uma diminuição de 50% da devastação mundial custaria de US$ 17 bilhões a US$ 30 bilhões.

– O Brasil já tem 750 mil km² de área desmatada – afirmou Nobre. Um terço desta área está desocupada. Então deveria ser usada para atividades agrícolas. A redução do desmatamento não tem impacto na economia brasileira.

Crise mundial

Os especialistas do IPCC acreditam que ainda é cedo para saber as consequências que a crise financeira mundial trará para o meio ambiente. Mas as expectativas não são boas.

– As lideranças políticas terão outras prioridades – acredita Parry. – É verdade que em tempo de recessão sociedade e governo preocupam-se mais com o padrão de vida do que com qualidade de vida. Mas esse tema é muito importante e se não pensarem em um plano que seja sustentável em tempos de recessão, ele não será sustentável em momento algum.

O Plano Nacional sobre Mudança no Clima do Brasil deve ficar pronto até dezembro. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, existe uma pressão das organizações ambientais para que sejam estabelecidas metas. O Itamaraty, no entanto, é resistente à idéia porque não acha justo que o Brasil estipule metas sem ter garantias de compensação tecnológica e financeira.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Após caminhada no espaço, China quer pousar na Lua

A China se prepara para montar uma estação espacial e aterrissar na Lua, depois de concluir a missão espacial que levou à primeira caminhada de um astronauta chinês no espaço.

O retorno da tripulação da missão espacial Shenzhou 7 à Terra pouco antes das 17h40 do horário local (06h40 da manhã em Brasília) foi "perfeito", segundo o astronauta comandante, coronel Zhai Zhigang.

"Foi uma missão cheia de desafios, mas com um resultado perfeito. Estou muito orgulhoso do meu país", afirmou Zhai à imprensa estatal após aterrissar em um descampado na província da Mongólia Interior, norte da China.

Durante as 68 horas em que esteve em órbita, a tripulação da Shenzhou 7 conduziu experimentos, lançou um satélite e realizou a primeira caminhada no espaço de um astronauta chinês.

Na tarde de sábado, o comandante Zhai saiu do módulo espacial às 16h41 (05h40 de Brasília) para uma caminhada no espaço que durou cerca de 20 minutos, enquanto os astronautas Liu Boming e Jing Haipeng acompanhavam as manobras de dentro da cápsula espacial.

Com o feito, a China se juntou à Rússia e aos Estados Unidos no seleto grupo de países que possuem tecnologia exploratória espacial capaz de permitir a sobrevivência em espaço aberto.

Orgulho nacional

A missão espacial foi divulgada pela imprensa chinesa com grande alarde.

O canal de TV estatal CCTV fez uma cobertura especial ao vivo dedicada à missão, que despertou forte senso de orgulho nacional entre os chineses.

Não por coincidência o retorno dos astronautas ocorre às vésperas das celebrações pelo dia nacional da China, 1º de outubro, data que marca o 59º aniversário da fundação da China moderna com a chegada do Partido Comunista ao poder.

Reforçando a mensagem patriótica, o presidente Hu Jintao e o primeiro ministro Wen Jiabao acompanharam de perto os momentos decisivos da missão espacial.

Wen estava presente na sala de comando quando os astronautas retornaram à Terra. Ele disse que a jornada foi "um novo e importante sucesso" para a nação em termos de tecnologia espacial e "uma inspiração para o povo da China".

Hu Jintao, por sua vez, acompanhou o momento da caminhada espacial no sábado e teve uma conversa com os astronautas por telefone via satélite, transmitida ao vivo pela televisão.

"O sucesso de vocês representa a quebra de barreiras no nosso programa espacial tripulado", disse Hu aos astronautas. "A pátria mãe e o povo agradecem vocês."

Parte do sucesso da missão Shenzhou 7 se deve à cooperação com a Rússia, que cedeu a tecnologia para os trajes espaciais utilizados pelos chineses.

Próximos passos

Motivados pelo sucesso dessa missão, os chineses pensam agora em aterrissar na Lua, declarou o porta-voz Wang Zhaoyao, em declarações à CCTV. "Nós consideramos necessário para o nosso país fazer algo neste campo", disse.

Ele afirmou que a ambição chinesa de conquistar a Lua é "muito desafiadora" e "um campo tático na alta tecnologia global".

Antes de ir à Lua, porém, os chineses deverão concluir todas as duas últimas etapas do atual programa espacial que está em andamento.

A primeira etapa foi enviar astronautas ao espaço. A segunda é acoplar espaçonaves para formar um laboratório e a terceira é construir uma estação espacial.

As missões Shenzhou 1 a 7 já concluíram a primeira etapa do programa.

As próximas missões, Shenzhou 8 e 9, deverão ajudar a montar um laboratório espacial até 2010.

Depois, novas jornadas serão necessárias para construir uma estação espacial.

Estimativas divulgadas pela imprensa na China estimam que o país seja capaz de chegar à Lua em 2020.

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

domingo, 28 de setembro de 2008

Após 40 anos, FDA aprova nova droga para tratar gota

IARA BIDERMAN
colaboração para a Folha de S.Paulo

Neste fim de ano, o governo norte-americano aprovou a primeira nova droga em quatro décadas para tratamento de gota, considerada a forma de artrite inflamatória mais comum em homens acima dos 40 anos.
Há um mês, o comitê consultivo para artrite da FDA (agência americana reguladora de medicamentos) indicou, por unanimidade, o medicamento com o princípio ativo febuxostat para o controle da hiperuricemia (aumento dos níveis de ácido úrico no sangue) associada à gota.
Não há previsão sobre a entrada da droga no Brasil, mas especialistas acreditam que o aumento do interesse no controle da doença esteja relacionado a descobertas recentes que apontam a elevação do ácido úrico como um fator importante de risco cardiovascular.
Conhecida pelo menos desde a Antigüidade e chamada de "doenças dos reis", a gota afeta pessoas de todas as camadas da sociedade e pode se manifestar cedo --entre os 28 e 30 anos.
É mais prevalente em homens: "Há oito homens com gota para cada mulher [com a doença]", segundo Antonio Lopes Ferrari, médico-assistente da disciplina de reumatologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Estudos demonstram uma forte associação da doença com o nível de triglicérides no sangue e a hipertensão. "Cerca de 70% dos pacientes com gota têm triglicérides alto e 40%, pressão alta", diz Ivânio Alves Pereira, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Risco cardiovascular

Segundo Pereira, só nos últimos anos a artrite gotosa começou a ser considerada um sinal importante de risco cardiovascular. Isso porque a doença é uma manifestação de altos níveis de ácido úrico no sangue.
"Estudos recentes mostraram que taxas elevadas de ácido úrico aumentam a chance de calcificação nas artérias", diz Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia clínica do HCor (Hospital do Coração), em São Paulo.
O cardiologista lembra que pessoas com altas taxas de ácido úrico podem não manifestar gota, mas estão no grupo de risco. É considerado elevado um nível de ácido maior do que 7 mg/dl em homens ou maior do que 6 mg/dl em mulheres.
Nas pessoas em que a hiperuricemia se manifesta na forma de artrite inflamatória, além do risco cardiovascular, há fatores relacionados ao distúrbio reumatológico. Quando o excesso de ácido úrico no sangue, transformado em cristais de urato de sódio, deposita-se nos tecidos, especialmente nas articulações, surge a gota. Os cristais podem ficar estacionados até a ativação de mecanismos inflamatórios que levam à crise.
Caracterizadas por dor súbita e intensa, inchaço, calor e vermelhidão local, as crises podem ser desencadeadas por ingestão excessiva de álcool e certos alimentos, situações de estresse ou microtraumas.
Os episódios agudos costumam regredir espontaneamente em um período de cinco a dez dias, mas, se não for tratada, a gota leva à formação de depósitos volumosos, que deformam os tecidos e lesionam as articulações, e pode gerar alterações nos rins.

Novas abordagens

Segundo o reumatologista Wagner Weidebach, do Hospital Sírio-Libanês, as novas abordagens em relação ao controle da hiperuricemia ainda não são levadas em conta por boa parte dos médicos. "O fator de risco cardiovascular já foi reconhecido, mas nem todo reumatologista sabe disso", afirma. Para alguns, ainda não há dados para estabelecer uma relação direta.
"Há pacientes com gota e comorbidades como hipertensão arterial, triglicérides ou colesterol alto, mas ainda não sabemos qual é o papel da gota na manifestações dessas doenças", diz Ferrari, da Unifesp.
Outra abordagem que está sendo revista é em relação à alimentação. Como o ácido úrico é produzido pela metabolização de purinas, alimentos ricos nesses compostos orgânicos eram proibidos aos portadores de gota. "A dieta tem cada vez menos peso no tratamento", afirma Weidebach.
Isso não significa que o controle alimentar não deva ser feito, até porque crises são desencadeadas pela ingestão exagerada de certos alimentos.

Chega de nariz entupido

Nariz entupido: O desconforto provocado pela obstrução nasal já pode ser solucionado com modernos tratamentos

Tanto adultos quanto crianças se vêem muitas vezes com o nariz entupido. Essa situação nem sempre é vencida facilmente por todos e, muitas vezes, deixa as pessoas ansiosas, agitadas e sem dormir bem, podendo provocar até mesmo falta de ar.

Quase sempre o problema está relacionado com deformidades congênitas, dentre elas o desvio do septo nasal. No entanto, existem outras possíveis causas que levam à obstrução nasal: rinite alérgica (causada em grande escala por mudanças de temperatura, poluição, e poeira), rinite do resfriado comum, infecções, hipertrofia da adenóide - esta mais comum nas crianças -, polipose nasal e tumores nasais. Algumas outras são de menor incidência e são diagnosticadas através de exames especiais.

A boa notícia é que os tratamentos na área da otorrinolaringologia estão muito avançados, e hoje, dispõem de aparelhos e métodos de avaliação modernos para o tratamento clínico. Os medicamentos dilatadores como os conhecidos Sorine e Rinosoro, quando usados com freqüência, não são muito recomendados. Quem quiser, pode optar ainda pela solução cirúrgica, que além de simples, requer pouco tempo de reabilitação.

Equipe Bem Estar

Estudo que liga inaladores ao risco de óbito é contestado por especialistas

Análise afirma que o medicamento pode causar problemas cardiovasculares
Carol Hungria

Especialistas brasileiros da área de pneumologia contestam os resultados de um estudo divulgado na quarta-feira (24) sobre possíveis perigos envolvidos no uso de inaladores por pacientes que desenvolveram doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), geralmente causadas pelo uso prolongado do cigarro.

A análise afirma que a droga aumenta consideravelmente o risco de morte por problemas cardiovasculares ou cerebrais. Mas, para especialistas como Andréa Sette, pneumologista do Hospital São Luiz, o artigo é “insuficiente para chegar a essa conclusão.”

A polêmica começa com a forma como o levantamento foi conduzido. O estudo não é uma pesquisa de campo, mas sim uma análise em cima de 17 testes conduzidos por outros médicos, em um grupo de 14.783 pacientes.

“Em um dos testes destacados, por exemplo, alguns pacientes não estavam usando o remédio corretamente, e isso não é levado em consideração. Além disso, não foram realizadas as correções para pacientes que abandonaram prematuramente os estudos”, diz Ricardo Renzetti, gerente médico da área respiratória do Laboratório Boehringer Ingleheim, ao apontar as falhas da publicação.

José Eduardo Delfine Cançado, presidente da Sociedade Paulista e Pneumologia e Tisiologia, acrescenta outro problema em relação a análise: nos testes selecionados para montar o estudo, alguns pacientes tomavam drogas do mesmo grupo, mas que são completamente diferentes na forma de atuação no organismo.

“Parte usa o brometo de tiotropium e, outra parte, o brometo de ipratropio. Não é seguro pesquisar dois medicamentos diferentes e chegar a uma só conclusão sobre os danos que os inaladores podem causar”, alerta.

O método mais eficiente, nesse caso, seria estudar apenas uma droga por vez, já que cada uma atua de uma forma. Cançado complementa ainda que, por serem testes feitos em épocas distintas, não há uma unidade de tempo na pesquisa.

“Na amostragem entraram pacientes que tomam remédios há apenas dois meses, ao lado de quem já toma há mais de dois anos. Chegar a uma conclusão com esses dados é inviável”, diz.

A pneumologista Andréa Sette acrescenta ainda que o estudo não leva em conta o fato da população que usa este medicamento já ser extremamente doente. “A DPOC é uma doença que não tem cura. Ela se manifesta geralmente em indivíduos que fumaram por muitos anos, e já têm a saúde debilitada. Nesses casos, fica difícil ligar problemas como o infarto ou o acidente vascular cerebral (AVC) exclusivamente ao uso dos inaladores.”

A análise acaba de ser publicada no "Journal of the American Medical Association" (Jama), mas dentro de duas semanas já terá sua veracidade abalada. Uma pesquisa que envolve o medicamente Spiriva (brometo de tiotrópio) será apresentada em breve um congresso internacional, em Berlim.

O estudo envolveu quase 6 mil pacientes em 37 países, durante quatro anos, e foi acompanhado por um Comitê de Monitoramento de Segurança e de Dados independente. A conclusão é que o medicamento não aumenta o risco de infarto do miocárdio, AVC e morte.

Parte levantamento já foi publicada na Internet. Leia o resumo dele, em inglês, no site da universidade UZ Leuven.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Teste revela que picolés têm muito açúcar

Questão de limites: Teste revela que picolés apresentam açúcar em excesso

O picolé é um alimento unânime entre a garotada no verão. À base de leite ou água, o produto é saboroso e refresca os dias quentes da estação.

Um teste realizado recentemente com os produtos, no entanto, revelou que os picolés possuem açúcar em excesso.

A pesquisa mostra que numa dieta saudável, um adulto deve consumir, por dia, entre 53 e 63 gramas de açúcar. A análise constatou que cada picolé de chocolate (um dos sabores mais vendidos) equivale a aproximadamente 33% do total de açúcares indicado para se consumir em um dia inteiro. Já para os picolés de limão, como eles têm menos açúcares, cada unidade tem 20% do limite de açúcar recomendado diariamente.

A dica, portanto, é consumir os sorvetes moderadamente. Na praia ou na piscina, quando os pedidos da garotada parecem não ter fim, vale complementar o cardápio com frutas e sucos naturais para se deliciar nos dias quentes. Picolés em excesso podem até mesmo prejudicar a alimentação inibindo o apetite das crianças.

Combinar feijão com arroz faz emagrecer

Combinar feijão com arroz faz emagrecer
Dupla que é banida dos cardápios de dieta ajuda a perder quilinhos extras
Da Redação

Muita gente começa uma dieta e já corta o feijão com arroz para eliminar os carboidratos. Sem motivo algum. A famosa dupla da culinária brasileira não apenas não engorda como até ajuda a emagrecer. "O que não pode é exagerar nas porções, mas isso vale para qualquer alimento", diz a engenheira agrônoma Priscila Bassinello, doutora em Ciência de Alimentos da Embrapa.

O site da SAÚDE! mostra uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), recentemente publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, na qual as pessoas que incluíram na dieta as duas delícias conseguiram uma redução significativa de peso.

O estudo analisou 203 mulheres divididas em dois grupos ao longo de 18 meses. No primeiro trimestre, quem adotou a dieta com baixo índice glicêmico, que incluía arroz e feijão, conseguiu perder mais peso do que o restante da turma, que recorreu a outras dietas de redução calórica.

Consumo
Para ter o melhor benefício dos dois alimentos, coma-os na proporção 3 para 2, isto é, 3 colheres de sopa de arroz para 2 de feijão. Essa quantidade oferece os nutrientes em perfeito equilíbrio e somam apenas 239 calorias - 41 de cada colher de arroz e 58 de cada de feijão. Ou seja, uma combinação absolutamente segura para as curvas de qualquer um.

Pesquisa transforma célula adulta em célula-tronco polivalente sem alterar DNA

Vírus usado para conseguir feito não integra material genético às células.
Para brasileiros, passo é interessante, mas ainda não é ideal para terapia.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo


Aos poucos, o sonho de usar uma célula comum do organismo humano adulto e reprogramá-la para que ela volte a um estado semelhante ao das células-tronco embrionárias (CTEHs), podendo reconstruir qualquer tecido ou órgão danificado, vai ficando mais perto da realidade. Desta vez, pesquisadores nos Estados Unidos conseguiram usar vírus não-patogênicos (ou seja, não-causadores de doenças) para induzir essa reprogramação sem que eles alterassem diretamente o DNA das células estudadas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conheça os erros mais comuns das dietas

Pressa para emagrecer, jejuar e não investir em atividade física são falhas comuns.
Da Redação

Existem pessoas que estão sempre fazendo dieta, mas nunca conseguem emagrecer.

Deslizes pequenos, mas corriqueiros podem colocar todo esforço de lutar contra a balança a perder. Um dos erros mais usuais é querer emagrecer muito em pouco tempo.

Se você perde muitos quilos em uma única semana, pode estar eliminando somente líquidos - que são recuperados rapidamente.

Outra falha é achar que os carboidratos como pães e massas devem ser totalmente limados da alimentação. Quando não se consome carboidratos o bastante o corpo fica sem energia.

E com isso adeus disposição para seguir a dieta. O ideal é controlar o consumo, dando preferência aos pães e massas integrais.

Ficar horas sem comer também não funciona. Para compensar os períodos sem comida, o organismo começa a armazenar mais gordura quando você come. Resultado, além de não emagrecer você corre o risco de engordar.

Por mais que seu objetivo seja perder muitos quilos, cuidado com os períodos que passa fazendo dieta.

O ideal é aprender a comer melhor e não restringir uma porção de alimentos para sempre, porque as chances de você desanimar e atacar a geladeira ficam muito maiores.

E para certificar-se de que haverá sucesso, invista nos exercícios físicos. Praticar atividade física pela manhã acelera o metabolismo, queimando mais calorias ao longo do dia.

Drª Kelly Adan - Nutricionista

A Operação Verão do iBahia.com não pára. Nesta semana o bate papo foi com a nutricionista Kelly Adan. Ela, que é coordenadora de nutrição do Hospital Espanhol, esclareceu muitas dúvidas a respeito das dietas milagrosas que algumas pessoas recorrem para perder peso em pouco tempo. Em entrevista a drª Kelly explicou o mal que as famosas dietas da sopa, da lua, entre outras, podem causar no organismo de uma pessoa. Confira na íntegra todas as dicas da médica!

iBahia.com - Com a chegada do Verão muitas pessoas recorrem as dietas milagrosas para emagrecer porque as consideram ágeis. Dieta da lua, do abacaxi, da sopa. Na maioria das vezes elas funcionam?
As dietas milagrosas que prometem uma rápida perda de peso, em um curto espaço de tempo, infelizmente não consideram as necessidades nutricionais individuais. São lançadas na mídia para atingir um público que busca soluções extremamente rápidas para o problema de sobrepeso ou mesmo obesidade, sem imaginar ou mesmo saber que o emagrecimento conquistado com dietas desta natureza, além de ser falso, traz danos severos à saúde, sendo uma ameaça à vida.


iBahia.com - Essas dietas feitas sem acompanhamento médico causam algum mal ao organismo? Porque?
Sim. Regimes desorientados e com dietas extremamente restritivas, normalmente muito hipocalóricas, sem acompanhamento médico e/ou nutricional, levam à diminuição da imunidade, da resistência física, aumentando a suscetibilidade de adquirir doenças. Favorecem também a perda de massa muscular, a instalação de quadros de transtorno alimentar e até mesmo desnutrição, pela eliminação da oferta de nutrientes essenciais, além é claro, do desestímulo pois depois do sacrifício e retorno aos hábitos alimentares normais e incorretos, a balança sinaliza aumento gradativo de peso, confirmando o “efeito sanfona”, porque o organismo ao perceber uma diminuição dos nutrientes que habitualmente lhe são fornecidos, passa a trabalhar em estado de alerta, armazenando o máximo do que consome e diminuindo o gasto de energia , mas continuando a enviar sinais de fome. Durante todo este processo, as células de gorduras (adipócitos) presentes não desaparecem, elas apenas “murcham” e continuam a esperar o momento ideal, o termino das restrições, para voltar a “inchar”, engordando todo o corpo, possivelmente em quantidades maiores do que antes.

iBahia.com - Quem não tem condições de ter um acompanhamento médico pode fazer que tipo de dieta para emagrecer?
Todos nós temos o dever de proporcionar saúde ao nosso corpo, à nossa mente e espírito. Um check-up anual básico, para avaliação médica (exames clínicos-laboratoriais e de imagem) é compromisso inadiável, mesmo para aqueles que não têm condições de ter acompanhamento, por falta de plano de saúde, devendo buscar a rede pública para tal. O objetivo nada mais é que a prevenção de doenças crônico-degenerativas , feita através de encaminhamentos para profissionais como nutricionistas, disponíveis em postos de saúde e ambulatórios de faculdades, que avaliarão gratuitamente, a condição nutricional do paciente e trabalharão a reeducação alimentar, baseada nos hábitos alimentares e necessidades nutricionais, priorizando uma alimentação saudável e segura do ponto de vista microbiológico. Nunca a dieta milagrosa restritiva, porque esta de nutrição não oferece nada.

iBahia.com - Os famosos chás, verde e branco, são realmente indicados para quem quer perder peso rapidamente? Como eles atuam no organismo?
O chá verde e o chá branco são produzidos a partir da oxidação das folhas da planta Camelia sinensis. A diferença entre eles é que o branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens. Pesquisas indicam que o chá branco, por ter as folhas mais jovens, possui maior concentração de catequinas, que são as principais substâncias ativas do chá branco e do chá verde. As catequinas são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios. O consumo regular de chá verde ou branco oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido a redução do processo inflamatório de uma maneira geral, auxiliando na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas como o câncer, diabetes e doenças arteriais-coronarianas. O seu efeito termogênico, também pode auxiliar na perda de peso, desde que associado a mudanças na alimentação (reeducação alimentar) e hábitos de vida. Apresentam concentrações significativas de taninos, substâncias que podem inibir a absorção dos outros nutrientes, ferro principalmente, e portanto recomenda-se consumi-los fora das principais refeições. Além disso, pela presença de cafeína, é importante que sejam evitados à noite, para não prejudicar o sono e por hipertensos.
Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4 a 5 xícaras ao dia.


iBahia.com - Ficar muito tempo sem comer, ou comer poucas vezes ao dia ajuda na hora de emagrecer?
Muito pelo contrário, ajuda a ter mal-estar como hipoglicemia, cefaléia, desidratação e a engordar, pela fome produzida em função do tempo sem ingestão, fazendo com que o consumo seja maior e justamente pelo fato de que o organismo ao perceber a “privação” absorve e estoca tudo que consome. O fracionamento da alimentação é sempre indicado. Comer mais vezes ao dia, em menores quantidades, para não sobrecarregar o processo digestivo e não abusar na refeição seguinte é o mais recomendável.

iBahia.com - Qual a dica que você daria aos internautas do iBahia que querem emagrecer até o verão e usam essas dietas milagrosas?
Avaliem as conseqüências e repensem a utilização de “recursos” que vão prejudicar o organismo, elevando o colesterol, o ácido úrico, sobrecarregando a função renal, hepática, comprometendo a função intestinal, podendo causar até desnutrição;
Procurem identificar, junto a profissionais da área de saúde, as causas do excesso de peso;
Busquem hábitos alimentares saudáveis e sigam com eles para o resto da vida;
Só o que emagrece é uma dieta bem feita e dieta bem feita significa uma boa reeducação alimentar;
Que se engorda, na maioria das vezes, porque a quantidade de calorias ingeridas, através dos alimentos, é superior à quantidade de calorias gastas no dia-a-dia pelo metabolismo e atividade física produzindo um balanço positivo de energia;
Uma alimentação saudável deve equilibrar todos os nutrientes e priorizar os legumes, grãos, folhosos, as frutas, verduras, cereais integrais, carnes magras, azeite de oliva, sementes oleaginosas, abacate e azeitona, leite e iogurtes desnatados, queijos brancos e alimentos menos industrializados possíveis;
Reduzir o consumo de alimentos gordurosos, alimentos ricos em sódio, doces e carboidratos refinados;
Moderar bastante o consumo de bebidas alcoólicas;
Manter hidratação adequada;
Para emagrecimento saudável é necessário também prática regular de exercícios;
O importante não é só emagrecer. É ter saúde, pensar magro e ter o peso que se sinta bem.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Biodieta acompanha o ritmo do organismo

Biologia e nutrição se unem para alcançar o emagrecimento.
Mariana Ortiga

Fazer dieta sem precisar abrir mão do chopinho na quarta-feira ou daquele bolo de chocolate em plena segunda parece sonho ou devaneio? Sim. Pode até parecer loucura, mas essa possibilidade existe para os adeptos da Biodieta.

Baseada em uma ciência oriental chamada Biorritmo, que estuda o relógio biológico e aspectos emocionais e intelectuais de cada indivíduo, a dieta considera o funcionamento do organismo de cada um para estabelecer em quais dias pode-se ou não consumir o que se deseja. O resultado varia na perda de oito a 12 quilos por mês.

A bióloga Fabiane Guimarães explica que existem dias em que há maior facilidade para engordar e é isso que o estudo do biorritmo determina. De acordo com o resultado, obtido a partir da coleta de dados e cálculos feitos por um software, o plano é elaborado.

Dieta do semáforo

Haverá três tipos de dias: verde, amarelo e vermelho. No primeiro, as refeições são liberadas e significa que o corpo está preparado para não transformar o consumo em aumento de peso. No segundo, duas das quatro refeições são liberadas. Já no terceiro, escolhe-se um mesmo alimento para comer durante todo o dia, que é considerado crítico pelo fato de o organismo está propenso ao ganho de peso.

– Sabemos, quem dirige e quem não dirige, o que significam as três cores em um semáforo e o risco que corremos em avançar o sinal ou trafegar livremente quando nos é permitido. É dessa maneira que a Biodieta funciona – compara Fabiane.

Nos dias vermelhos, por exemplo, cada um escolhe um alimento sólido para consumir no almoço e na janta. A escolha, no entanto, precisa estar de acordo com os grupos de alimentos pré-determinados pela nutricionista Rosani Souza, que elabora os programas junto com a bióloga Fabiane Guimarães.

No período da dieta, a única restrição é o açúcar branco. Chocolate pode, se for diet. Bebida alcóolica é liberada, assim como tudo o que é líquido, desde que sem açúcar.

– Não fazemos dietas à base de fruta e verdura porque perderíamos nutrientes importantes, mas todo mundo sabe o que deve ou não comer, não adianta obrigar. Quem não gosta de verde, desistiria com mais facilidade, caso restringíssemos a alimentação assim – avalia a nutricionista Rosani Souza.

A biodieta conta ainda com a ajuda de florais para auxiliar no controle da ansiedade e da angústia.
DONNA DC

Exercícios ajudam a proteger fígado de diabéticos

Além de ser ideal para manter a forma física e indispensável para o bom funcionamento do organismo, a prática de exercícios físicos também ajuda pessoas com diabetes tipo 2 a reduzir a gordura armazenada no fígado e em volta dele. É o que indica um estudo desenvolvido por pesquisadores americanos da Universidade Johns Hopkins. Diabéticos que estão acima do peso ou obesos são os candidatos mais prováveis a desenvolver a esteatose hepática – o mesmo que fígado gorduroso.

Uma vez com essa doença, os pacientes têm mais chances de sofrerem com cirrose, insuficiência hepática e câncer. Além disso, as pessoas com fígado gorduroso ficam com o metabolismo comprometido, com mais risco de inflamações, além de outros fatores que proporcionam maior risco de problemas cardíacos.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores dividiram 77 diabéticos em dois grupos: um passou seis meses praticando exercícios como pedalar, correr e caminhar e o outro manteve uma rotina sem se exercitar. Depois do período de observação, os cientistas perceberam que o grupo ativo apresentou uma melhora no condicionamento físico e redução da gordura corporal. Fora isso, os diabéticos que se exercitaram tiveram uma redução de 40% da gordura no fígado.

“Pessoas com diabetes tipo 2 têm uma razão adicional para serem ativas e se exercitarem, não apenas porque é bom para sua saúde geral, mas porque há um benefício de diminuir a esteatose hepática, que complica sua doença e pode acelerar males cardíacos e a insuficiência hepática", disse o fisiologista Kerry Stewart, líder do estudo.

Uso de acetominofen eleva risco de asma em crianças

Por Redação, com agências internacionais - de Costa Rica


A asma é uma enfermidade que se caracteriza pelo estreitamento dos bronquíolos

O uso de paracetamol (acetominofen) no primeiro ano de vida eleva, em 46%, o risco de crianças desenvolverem asma ao cumprir entre seis e sete anos de vida.

O consumo deste analgésico, comum para tratar a dor e a febre, também aumenta as possibilidades da criança sofrer rinoconjuntivite (alergias nos olhos e nariz) e eczema (transtorno da pele similar a erupções).

Assim sugere um trabalho cientifico realizado a 205.000 crianças com entre seis e sete anos de idade de 31 países.

Os especialistas do Instituto de Investigação Médica da Nova Zelândia realizaram a investigação, parte do projeto internacional de asma e alergias (ISAAZ, por suas siglas em inglês).

A asma é uma enfermidade que se caracteriza pelo estreitamento dos bronquíolos, o que causa episódios recorrentes de sensação de falta de ar, pressão no peito e tosse.

O mal tem origem genética, o que significa que uma criança nasce com a predisposição à doença, mas se desenvolve quando entra em contato com as condições ambientais idôneas.

Segundo explicaram os cientistas, o paracetamol poderia modificar os mecanismos de defesa dos pulmões, favorecendo uma reação alérgica e o desenvolvimento ou complicação de uma crise asma.

- O paracetamol pode reduzir os níveis de antioxidantes e (...) pode causar estresse nos pulmões e favorecer a asma – manifestou Richard Beasley, investigador do Instituto Médico de Nova Zelândia.

Tradução: Diego Ferreira

domingo, 21 de setembro de 2008

"Junk food" causa um terço dos infartos, diz estudo

Reuters/Brasil Online

WASHINGTON (Reuters) - Dietas que abusam das frituras, dos salgadinhos e da carne são responsáveis por cerca de 35 por cento dos infartos do mundo, disseram pesquisadores na segunda-feira.
Um estudo em 52 países mostrou que a dieta "ocidental" - à base de carne, ovos e "junk food" - torna as pessoas mais propensas a infartos, em relação àquelas que comem mais frutas e legumes.
Várias outras pesquisas já haviam apontado esse tipo de alimentação como causa de doenças cardíacas e especialmente infartos.
Entre fevereiro de 1999 e março de 2003, o médico Salim Yusuf, da Universidade McMaster, de Ontário (Canadá), e seus colegas investigaram os hábitos alimentares de mais de 16 mil pacientes, dos quais 5.700 haviam acabado de sofrer seu primeiro infarto, e recolheram amostras de seu sangue.
Eles dividiram os voluntários em três grupos. "O primeiro fator foi batizado de 'oriental', por causa da alta participação do tofu e dos molhos de soja e outros", escreveram eles no estudo, publicado na revista Circulation.
"O segundo fator foi batizado de 'ocidental', por causa da alta participação de comidas fritas, salgadinhos e carne. O terceiro fator dietário foi batizado de 'prudente', por causa da alta participação de frutas e legumes".
Quem comia mais frutas e legumes tinha uma chance 30 por cento menor de infartos, em comparação com as pessoas que consumiam pouco ou nada desses alimentos, segundo eles.
Quem abusava da dieta ocidental tinha um risco de infarto 35 por cento superior ao de quem nunca ou raramente consumia frituras e carne. Os consumidores da dieta oriental ficaram num meio-termo.
As conclusões são importantes porque até agora não havia provas de que a comida estivesse elevando o risco de infartos. É que as dietas "ocidentais" poderiam estar associadas a um tipo de vida mais rico em geral, no qual, por exemplo, há mais sedentarismo.
Mas os pesquisadores dizem que os problemas cardíacos não são mais uma quase-exclusividade dos ricos. "Aproximadamente 80 por cento do ônus global das doenças cardiovasculares ocorre em países de baixa e média renda", escreveram os pesquisadores.
A dieta rica em tofu pode ser neutra, em vez de proteger, devido ao seu elevado teor de sódio, segundo eles. O sódio pode provocar hipertensão, com a consequência de infartos e derrames.
(Reportagem de Maggie Fox)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Dois ovos diários reduzem o colesterol e ajudam na redução do peso

(20/09/2008) Geral
Até algum tempo atrás acreditava-se que havia uma ligação direta entre o consumo de alimentos ricos em colesterol e o aumento do colesterol do sangue, o que poderia aumentar os riscos de doenças do coração.
Porém estudos feitos por um grupo de cientistas da Universidade de Surrey, Inglaterra, liderados pelo Dr. Bruce Griffin, e publicados no periódico de nutrição da Europa (The European Journal of Nutrition) acabam de demonstrar que o consumo de 2 ovos diários proporcionam benefícios ás pessoas em regime de restrição calórica na dieta, não só na redução do colesterol plasmático como também, perdem peso com mais facilidade.
A pesquisa envolveu, por um lado, um grupo de 50 indivíduos voluntários com sobrepeso, mas sadios, consumiram 2 ovos por dia, por um período de 12 semanas. Esses indivíduos também foram submetidos a uma dieta de restrição calórica de acordo com as recomendações da Fundação Britânica do Coração. O outro grupo, igualmente de 50 indivíduos sadios, seguiu a mesma dieta de restrição calórica, mas sem o consumo dos dois ovos diários.
Ambos os grupos experimentais perderam peso e tiveram redução significativa no nível médio de colesterol no sangue.
Os autores da pesquisa disseram não ter encontrado nenhuma evidência suficientemente convincente que o consumo maior de dietas ricas em colesterol, ou de ovos, levasse a uma maior incidência de doenças coronárias nos grupos estudados. Na verdade o que se viu foi um benefício da ingestão diária dos 2 ovos à saúde daqueles indivíduos sob dietas da restrição calórica.
Uma justificativa para o fato que o consumo de ovos no café da manhã contribuem para a perda de peso poderia ser a manutenção da sensação de saciedade das pessoas durante mais tempo.
Esse estudo reforça o consenso de que é o consumo de gorduras saturadas, estas sim, as maiores responsáveis por aumentos no colesterol sanguíneo das pessoas não havendo razão para culpar o consumo de ovos, que são ricos em gorduras insaturadas, mais saudáveis, mas muito pobres em gorduras saturadas.

Fonte: www.dailymail.com.uk

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sexo em casa

É possível, sim, manter o sexo bom no casamento
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Por Flávio Gikovate*

Quando se casam, as pessoas mudam sua relação com o mundo. Antes, interagiam com várias pessoas pais, familiares e amigos depois, passam a "viver um para o outro". A dependência cresce e aumentam as cobranças e as expectativas. Com elas, multiplicam-se as decepções, porque ninguém é capaz de resolver todos os nossos sonhos. Muitas das brigas e tensões conjugais surgem do desapontamento. O erro está na crença de que a salvação deverá vir do outro (e ele é apenas mais um mortal tentando sobreviver).

Pessoas com maior consciência de sua individualidade tendem a construir elos afetivos de melhor qualidade. Por serem mais independentes, esperam menos dos demais. E, em geral, conseguem manter a vida sexual no mesmo nível de freqüência e de satisfação que experimentaram no namoro.

O fato do cônjuge ser outra pessoa e não uma parte de nós faz com que o desejemos mais. Platão já disse, há 25 séculos, que não se pode desejar o que se possui. Talvez por isso o ciúme funcione como estimulante sexual: a ameaça da perda fortalece a idéia de que o parceiro nos pertence.

O erotismo resulta de uma atmosfera impregnada de sensualidade. Devemos deixar claro que o clima erótico não é o romântico. Amor e sexo são coisas diferentes e merecem ser estimuladas separadamente se quisermos obter uma intensidade maior das duas. Para criar a atmosfera romântica, os casais deveriam passear de mãos dadas em belos bosques, andar por ruelas antigas e singelas, jantar à luz de velas e ouvir música clássica. Nesse tipo de programa, surgem a ternura e a vontade de dormir abraçadinhos. Já um ambiente praiano, onde as pessoas se exercitam, tomam sol, banham seus corpos suados no mar e ouvem canções que sugerem danças ritmadas é altamente estimulante para a nossa sexualidade.

O cotidiano da maioria dos casais não é nem romântico nem erótico. Por isso, as pessoas tendem a buscar atividades mais prazerosas fora do casamento. Acredito que nada disso é necessário. A mulher casada não precisa se descuidar, nem o homem tem de engordar. Ele pode, sem prejuízo das finanças, lembrar que a mulher gosta muito de um determinado cantor e chegar em casa com o novo CD dele. Ou preparar o prato predileto dela. Ela pode levar o café na cama para os dois no domingo e por lá ficar!

As situações eróticas devem se alternar com as românticas e, assim, ocupar um espaço respeitável no cotidiano dos casais, roubando tempo das cobranças e brigas. Mas, para isso, é essencial entender que a ternura e o erotismo não se estabelecem apenas porque duas pessoas se amam. O parceiro fixo precisa buscar uma renovação constante, tanto nos detalhes de sua postura e de sua aparência quanto na invenção de cenários e de figurinos interessantes. Podemos construir a vida cotidiana sobre dependências e decepções ou sobre o desejo de agradar e surpreender o amado.

Do ponto de vista sexual, tudo o que é novo provoca impacto imenso. Tudo o que for feito para enriquecer a vida romântica e erótica será sempre bem-vindo. Não creio que seja necessário detalhar mais. Seria subestimar a intuiçãoo e o poder criativo dos leitores.

*Flávio Gikovate é psiquiatra psicoterapeuta e escritor. Autor, entre outros livros, de "Ensaios sobre o Amor e a Solidão", "A Liberdade Possível" e "A Arte de Educar".

Menopausa

Um batalhão de mulheres em todo o mundo e os mesmos sintomas: passar bem pela menopausa pode ser uma questão de informação
Por Maria Fernanda Schardong
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Os dados são da Organização Mundial de Saúde. Até 2030 mais de 1 bilhão de mulheres em todo o mundo estarão na menopausa. No Brasil, segundo o IBGE, das 86 milhões de mulheres, cerca de 23,5 milhões têm mais de 50 anos. Um batalhão de mulheres em plena atividade e às voltas com os sintomas físicos e emocionais que a fase acarreta. Passar por eles, defendem especialistas, é uma questão de informação e cuidado.

Uma alimentação equilibrada e saudável é uma das principais armas à disposição das mulheres para amenizar os sintomas da menopausa.

Durante a menopausa, a mulher deixa de produzir hormônios (progesterona e estrógeno) importantes para o bom funcionamento do organismo. Com a falta desses hormônios, as taxas de colesterol e triglicérides podem aumentar e a absorção de cálcio pelos ossos diminui, ocasionando doenças cardiovasculares e a osteoporose, respectivamente.

De acordo com a nutricionista Tereza Labanca, consumir frutas e legumes é indispensável nesta fase. “Esses alimentos são ricos em substâncias antioxidantes que combatem os radicais livres que prejudicam tanto o organismo, predispondo-o inclusive a doenças como o câncer” afirma a nutricionista.

O consumo de água também é muito importante, pois, nesse caso, a água ajuda a liberar toxinas do organismo responsáveis pelo envelhecimento da pele, e que com a diminuição da produção de hormônios, começa a ser percebido. As fibras também auxiliam a combater os sintomas da menopausa, frutas e cereais integrais (aveia e granola), derivados da soja, além de alimentos ricos em cálcio, leite desnatado, iogurtes e queijos brancos, que combatem à osteoporose.

Porém,assim como alguns alimentos são indicados para o controle dos sintomas da menopausa, alguns deles podem se tornar perigosos inimigos para o corpo feminino. Gorduras saturadas, sal, carnes salgadas, queijos amarelos, salgadinhos e carne de porco devem ser evitados, dessa maneira, doenças degenerativas e hipertensão, ocorrem com menos freqüência nas mulheres que excluem esses alimentos de sua dieta.

Os exercícios físicos também ajudam, pois melhoram a parte cardiorrespiratória e aliviam o estresse. Assim como o sol, que auxilia a fixar a vitamina D, responsável pela absorção do cálcio pelo organismo e pelos ossos.

Na opinião da nutricionista, além de uma alimentação balanceada aliada à prática de atividades físicas, o mais importante é encarar essa fase da vida sem medo, com muita alegria de viver. “A mulher madura deve receber esta fase com muito carinho, pois não indica envelhecimento e sim, maturidade e sabedoria. Aos 50 anos existem mulheres lindas, que se cuidam e se amam: cada fase da vida tem sua beleza” conclui Tereza.

Enxugue as medidas sem contar calorias

Driblar o estresse, malhar pela manhã e beber água são alguns dos caminhos
Da Redação

Você suspeita daquele amigo que diz seguir as dietas a risca, malhar regularmente e mesmo assim não consegue emagrecer?

Pois não deveria. O grande vilão dessa história pode ser o estresse provocado por uma rotina caótica – acúmulo de tarefas, trânsito congestionado, discussão com o chefe...

Como conseqüência da tensão o nosso organismo reage hiperestimulando as glândulas supra-renais.

Localizadas acima dos rins, elas são encarregadas de fabricar adrenalina e cortisol – hormônios que preparam o corpo para se defender em situações de perigo.

Esse mecanismo deixa você mais esperto para resolver as tarefas diárias. No nosso dia-a-dia, porém, é comum ter os níveis de cortisol constantemente altos, o que causa o aumento dos estoques de gordura. E as mulheres são as maiores vítimas.

Mas não desanime! Médicos e nutricionistas apontam passos para driblar as alterações causadas pelo estresse e, com isso, chegar ao peso desejado mais facilmente – a estimativa é de que você perca até 1,5 quilo por semana. E sem contar calorias!

Organize a agenda para driblar o estresse

Fugir dos compromissos de todo o dia é difícil. Mas é importante que você procure um jeito de relaxar, evitando que o estresse se torne crônico a ponto de mexer com seus hormônios.

Segundo o especialista John Gray, quando as mulheres não conseguem reservar tempo para dar atenção aos familiares, o organismo produz menos ocitocina, substância batizada pelo terapeuta americano de hormônio do amor.

Os níveis baixos dessa substância resultam em angústia – emoção que serve de trampolim para o stress, que pode fazer você ganhar 3, 4, 5 quilos mesmo sem abusar da comida. Para muitas mulheres, a angústia dispara o gatilho da fome.

“A hipófise, glândula que se localiza abaixo do cérebro, sofre influência dos estados negativos, mandando você consumir especialmente doce”, explica a nutricionista Ana Laura Guimarães, de Porto Alegre.

Aí vem mais peso. Quer um conselho? Cave outros 30 minutos na agenda só para você. Aproveite para fazer exercício, meditar, hidratar o cabelo, ir à manicure, ler um livro...

“Quando a mulher se cuida, além de ocitocina, aumenta a produção de serotonina”, diz Gray. A partir disso, o risco do stress pesar na balança é duplamente menor.

Beba água ativada ao acordar
Essa é uma boa maneira de começar o dia: a água limpa o organismo e estimula o funcionamento do intestino, o que facilita a perda de peso.

Se quiser um resultado mais intenso, ative sua água matinal. Como fazer isso? Para um copo de 240 mililitros, John Gray recomenda acrescentar: suco de meio limão e uma colher (chá) de mel

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Exercício localizado faz barriga secar mais rápido


Combinação de corrida com musculação age na parte mais difícil de reduzir medidas
Júlia Ferraz

A procura por métodos, dietas, exercícios, ou até milagres, que dão conta de acabar com aquelas dobrinhas a mais na barriga não é à toa. A região é uma das mais difíceis de deixar em ordem e requer um esforço extra. “O corpo emagrece de forma geral, mas fica um resíduo de gordurinha (na barriga) que é preciso mais sacrifício”, diz Bruce Liu, instrutor de musculação da academia Competition.

Por conta desta dificuldade, o ideal é combinar um exercício cardiorrespiratório com a musculação para otimizar o resultado. A esteira, ou a corrida, queimam a gordura extra, enquanto a musculação tonifica a massa muscular e faz o músculo utilizar parte desta reserva de gordura para ter energia.

Liu afirma que o ideal seria fazer a atividade física em algum lugar com infra-estrutura, mas, para quem não tem disponibilidade, combinar caminhadas com abdominais já ajuda e muito. “Para quem é sedentário um único exercício já faz diferença”, diz o professor de educação física.

Freqüência
Decidir que vai começar a prática é a parte mais fácil da empreitada. Depois disso, é preciso manter regularidade para conseguir alcançar o resultado desejado. O instrutor avisa que se exercitar três vezes por semana é o mínimo recomendado. “Com duas vezes o espaço entre um estímulo e outro fica muito grande e não há tanto impacto”.

Os resultados variam de pessoa para pessoa, mas em geral, em cerca de três a quatro semanas a pessoa já sente diferença no corpo. Controlar a alimentação também é fundamental para o progresso de cada pessoa.

“A relação entre atividade física e alimentação é pura matemática”, afirma Liu. Para emagrecer é preciso fazer a conta entre o quanto se ingere de calorias e o quanto se gasta. Portanto, não adianta começar os exercícios e continuar comendo o mesmo ou até descambar nos docinhos.

Para fazer em casa
Liu ensina dois tipos de abdominais para fazer em casa, que como já dito, devem ser complementados com uma caminhada ou até subida de escada.

O instrutor recomenda começar de leve e depois aumentar o ritmo. Faça apenas o primeiro por um mês, depois comece o segundo.

Abdominal 1
Deite de costas em um colchonete
Deixe os joelhos flexionados e os pés no chão
Suba o tronco de 20 a 30 graus, deixando a lombar apoiada no chão

Comece com 2 séries de 15 repetições
À medida que se sentir confortável, vá aumentando até chegar a 4 séries de 15 repetições

Abdominal 2
Deite de costas em um colchonete
Deixe os joelhos flexionados e os pés no chão
Coloque as palmas das mãos no chão, com os braços ao lado do corpo
Traga os dois joelhos em direção ao peito, sem tirar as mãos do chão

Comece com 2 séries de 12 repetições
Aumente gradativamente até chegar a 4 séries de 15 repetições

A "rentrée" alimentar

Paula Veloso| 2008-09
Para ganhar saúde enquanto perde peso, não tome medicamentos ou chazinhos que nada fazem. Tente reduzir um pouco as quantidades do que come diariamente ou fazer algumas trocas.
Depois das férias, inicia-se um novo ano de trabalho. É assim que temos de o encarar. Como um novo ano, com mais força e maior motivação. Cronologicamente falando, este não coincide com o Ano Novo, que ainda demora mais três ou quatro meses, mas é a altura ideal para quem quer começar a mudar alguns hábitos. Faltam 15 semanas até ao Natal e muito pode ser feito até lá.

Para quem tem grande excesso de peso, seguir um plano alimentar adequado ao seu caso poderá fazê-lo perder entre 10 kg e 15 kg até lá. Para os que têm apenas alguns quilitos a mais, nessa altura poderão contar com 5-7,5 kg a menos, sem grande esforço.

Vale sempre a pena...
É comum ouvir dizer que nesta altura não vale a pena tentar mudar hábitos de vida, incluindo os alimentares, porque vem aí o Natal e estraga-se o que foi feito até aí... Por isso, as promessas de mudança apontam sempre para o início do novo ano, em Janeiro. No que toca a alcançar um peso saudável, quanto mais cedo melhor e qualquer perda já é um ganho. Por isso, se tem que emagrecer, comece hoje mesmo. Imagine que tem 10 kg a mais neste momento e que, com os excessos do Natal e Ano Novo, poderia engordar 3 kg. Se emagrecer 5 kg até lá, depois das festas terá 8 kg a mais (menos 2 do que neste momento). Se nada fizer para perder peso, no início do novo ano estará com 13 kg!!! A diferença entre fazer qualquer coisa e nada será no mínimo de 5 kg.

A origem das calorias importa?
Embora a perda de peso se efective quando as calorias que ingerimos através da dieta são inferiores às que gastamos na nossa actividade diária, venham elas de onde vierem, é importante considerar o equilíbrio global da dieta. Há dietas pobres em hidratos de carbono, outras pobres em calorias e outras pobres em gordura, mas são as percentagens adequadas destes nutrientes que permitirão perder peso e ganhar saúde em simultâneo.

Alguns sintomas associados a dietas desequilibradas:

Dieta pobre em hidratos de carbono

* Fadiga

* Irritabilidade

* Fraqueza muscular

* Obstipação

* Aumento do colesterol e triglicerídeos no sangue

* Problemas renais

Dieta pobre em proteínas

* Fadiga

* Constipações frequentes/baixa de defesas orgânicas

* Anemia

* Diarreia

* Fraqueza

* Queda de cabelo

Dieta muito baixa em gorduras

* Problemas de visão

* Intolerância ao frio

* Perda de massa óssea

* Carência de vitaminas e minerais

Em que ficamos?
Para perder peso temos que comer menos calorias ou gastar mais do que aquelas que ingerimos. Os alimentos que comemos, além das calorias contêm hidratos de carbono, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais que são indispensáveis para o equilíbrio e saúde orgânicos. Também os fitoquímicos, abundantes na maior parte dos produtos hortícolas e frutos, são indispensáveis à saúde e prevenção de certas doenças e não podem mesmo ser esquecidos.

Para ganhar saúde enquanto perde peso, não tome medicamentos ou chazinhos que nada fazem. Tente reduzir um pouco as quantidades do que come diariamente ou fazer algumas trocas. Comece por reduzir a gordura que utiliza para cozinhar ou temperar (incluindo o azeite), substitua os sumos ou bebidas alcoólicas por água ou chá e mexa-se um pouco mais todos os dias.

No meu livro "Dietas sem dieta" poderá, de forma muito simples, aprender a calcular a sua perda de peso e a repensar a sua forma de comer, com receitas saudáveis, rápidas e saborosas.

País produz droga genérica do coquetel antiaids

17 de Setembro de 2008

O Brasil começa a produzir o genérico do anti-retroviral Efavirenz - o primeiro medicamento antiaids fabricado no país após a quebra de patente. A Fiocruz protocolou nesta terça-feira, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido do registro da versão genérica do remédio, cuja patente foi quebrada em maio de 2007. Os primeiros lotes do medicamento devem chegar ao mercado no primeiro semestre de 2009. O Efavirenz é um dos 17 remédios que compõem o coquetel de drogas capazes de inibir a reprodução do HIV.

Antes da quebra de patente, o país gastava cerca de 90 milhões de reais com a compra do remédio, usado por 77.000 pacientes. Depois, com a aquisição do genérico produzido na Índia, a economia superou os 25 milhões anuais. Os estoques do genérico indiano duram até meados de 2009. A idéia é que, terminado o estoque, a Fiocruz possa abastecer toda a demanda nacional com o produto nacional.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que o genérico do Efavirenz terá um custo "competitivo" com o medicamento que hoje é importado da Índia. "Mesmo que (o preço) seja um pouco superior, a estratégia é importante. Reforça a indústria nacional, dá independência ao país", disse.O remédio é feito em conjunto com três laboratórios nacionais: Cristália, Nortec e Globequímica. As empresas ficaram encarregadas de produzir a matéria-prima e a Fiocruz, o produto final.

Estudo descobre novo limite de batidas de coração para fator de risco

Segundo pesquisadores, perigo está ligado a doença coronariana.
Mais de 70 batidas por minuto já são sinal de alerta para paciente.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

Um controle mais apurado da freqüência cardíaca pode melhorar o prognóstico de pacientes com doença coronariana. A descoberta vem de uma pesquisa internacional.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

O estudo BEAUTIFUL envolveu quase 800 centros de pesquisa, em 33 países, e buscava descobrir o impacto de uma nova droga que atua sobre a freqüência do coração. Os participantes do estudo tinham mais de 55 anos e diagnóstico prévio de doença nas artérias coronarianas, que irrigam os músculo do coração. Apesar de a ivrabadina (nome da substância estudada) não ser capaz de diminuir a mortalidade pela doença coronariana, uma descoberta importante veio a partir dos dados levantados.

A droga é segura, já que praticamente todos os participantes usavam os medicamentos habitualmente utilizados por esses pacientes. Da análise dos resultados surgiu a constatação de que uma freqüência cardíaca acima de 70 batimentos por minuto aumenta o risco nesses pacientes.

Anteriormente o nível de risco para os coronariopatas era uma freqüência cardíaca acima de 75/80 batimentos por minuto. Os resultados do BEAUTIFUL apontam para um aumento de risco a cada 5 batimentos acima dos 70 batimentos por minuto.Esse nível de alerta ainda depende de comprovação posterior por outros estudos. De qualquer forma, os médicos devem estar mais atentos a esse que parece ser um fator de risco independente nesse grupo de pacientes.

Chá de camomila protege diabéticos de complicações


Pesquisa foi conduzida por ingleses e japoneses. Efeitos positivos foram observados em ratos.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

Os diabéticos que escolhem um chá de camomila como bebida podem estar prevenindo complicações. Segundo pesquisadores japoneses e ingleses o chá previne lesões oculares, renais e nervosas.
O chá de camomila é comum nos cinco continentes e conhecido por suas propriedades calmantes. Mais recentemente se tornaram conhecidas aplicações do chá no campo das doenças. Entre as possíveis indicações terapêuticas estão inflamações, feridas operatórias, gota e úlceras.
O chá de camomila é preparado com as flores secas de uma planta chamada Matricaria chamomilla, e os cientistas afirmam essa é uma fonte rica em antioxidantes.
Na pesquisa realizada no Japão e Inglaterra os especialistas estudaram a ação do extrato seco das flores sobre ratos diabéticos. Os roedores que receberam a camomila apresentaram uma diminuição da glicose após 21 dias de tratamento.
Os pesquisadores identificaram a inibição de duas enzimas envolvidas na lesão dos chamados órgãos-alvo do diabetes. Os cientistas esperam poder traduzir as descobertas em um novo medicamento à base de camomila para auxiliar o tratamento do diabetes.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

Fotografado planeta em órbita de estrela semelhante ao Sol


Até agora, os únicos planetas de fora do Sistema Solar já fotografados não têm estrela ou orbitam anãs marrons
Carlos Orsi, do estadao.com.br
A estrela 1RXS J160929.1-210524, com o novo planeta em destaque
Divulgação
A estrela 1RXS J160929.1-210524, com o novo planeta em destaque
SÃO PAULO - Cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, anunciaram nesta segunda-feira, 15, a primeira fotografia já feita de um planeta girando em torno de uma estrela semelhante ao Sol. O mundo fotografado, no entanto, é bem diferente da Terra: trata-se de um "Júpiter quente", uma categoria de planetas com massa comparável à do maior mundo do Sistema Solar. No caso, o planeta tem oito vezes a massa de Júpiter e temperatura estimada em 1.500º C.
Essa temperatura e outras características do objeto convenceram os autores da descoberta que não estavam olhando para uma segunda estrela, e sim para um objeto jovem, de massa planetária e a uma distância da Terra basicamente idêntica à da estrela que ocupa a parte principal da imagem, cerca de 500 anos-luz.
Até agora, os únicos planetas de fora do Sistema Solar que já haviam sido fotografados eram corpos errantes, que não estão presos gravitacionalmente a nenhuma estrela, ou que orbitam uma categoria específica de estrela de pouco brilho, as anãs marrons. A maioria dos mais de 300 planetas já descobertos além do Sol foi encontrada por meio da influência gravitacional que os mundos exercem em suas estrelas.
De acordo com o principal autor do trabalho que descreve a descoberta, David Lafrenière, serão necessários dois anos de observação para confirmar que o objeto fotografado está realmente preso à gravidade da estrela, conhecida pelo código 1RXS J160929.1-210524 e que tem 85% da massa do Sol. O planeta foi fotografado a uma distância do astro 10 vezes superior à que separa a Netuno do Sol. Netuno é o mais distante dos oito planetas do Sistema Solar.
A presença de um planeta a essa distância da estrela representa, segundo os autores da descoberta, um desafio aos modelos científicos sobre a formação de planetas.
Segundo outro dos autores da descoberta, Marten van Kerkwijk, a equipe visou especificamente estrelas jovens. "Assim, qualquer objeto de massa planetária na vizinhança não teria tido tempo de esfriar e ainda estaria relativamente brilhante", explica. "Esse é um dos motivos que nos permitiu vê-lo". O artigo sobre o novo planeta foi submetido para publicação no Astrophysical Journal Letters e já está disponível da internet.
Van Kerkwijk diz que a mesma técnica poderia, em princípio, ser usada para detectar um jovem planeta Terra. "Já há pessoas pensando em usar esse truque", disse ele. "Com 5 milhões de anos, a Terra ainda estaria derretida e poderia ser tão quente quanto o planeta que descobrimos, dependendo de quanto tempo levou para se formar e se alguma coisa teria colidido com ela recentemente", explica, lembrando que as principais teorias sobre a formação da Lua envolvem um grande impacto com nosso planeta.
A maior dificuldade na caçada a uma possível jovem Terra com temperatura de 1.500º C, diz ele, é que um planeta assim teria cerca de um milésimo do brilho do recém-descoberto, pelo fato de que seria muito menor. "Por enquanto isso está além do que conseguimos detectar, mas telescópios como o James Webb, o sucessor do Hubble, e uma nova geração de telescópios baseados na Terra poderiam ser capazes". O planeta também teria de estar suficientemente distante da estrela para não ser ofuscado pelo brilho do astro.
A fotografia foi feita com o Telescópio Gemini Norte, montado no vulcão Mauna Kea, no Havaí.
O trabalho que levou à descoberta do novo planeta é parte de um levantamento de mais de 85 estrelas jovens, formadas a cerca de 5 milhões de anos - o Sol, em comparação, tem quase 5 bilhões.

Primeira formiga pode ter sido ‘brasileira’, diz pesquisador


G1.com.br


G1.com.br
O pesquisador alemão Christian Rabeling, que hoje trabalha na Universidade do Texas (EUA), deu um drible definitivo no azar nesta semana. Depois de encontrar – e perder – exemplares da espécie de formiga mais primitiva do mundo perto de Manaus, ...
Biólogo encontra formiga que viveu com os dinossauros Folha Online
Descoberta espécie primitiva de formiga na Amazônia Estadão
Público.pt - Revista Pesquisa - G1.com.br - G1.com.br
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Macaco paralisado usa computador para contrair músculo do braço

Pesquisa traz esperança para devolver movimento a tetraplégicos. Em tese, abordagem dispensaria uso de membros mecânicos.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Macaco-rabo-de-porco, espécie utilizada no experimento americano

Pessoas que ficam com o corpo paralisado após lesões na medula espinhal sofrem de uma desconexão trágica: seu cérebro e seus membros normalmente não perderam a funcionalidade, mas a ligação entre eles desaparece. E se fosse possível "pular" a área desconectada? Um trio de pesquisadores nos EUA mostrou que, em princípio, dá para fazer isso, com o resultado sonhado por qualquer tetraplégico: os músculos dos membros podem voltar a funcionar.
O teste da idéia, é bom que se diga, foi feito apenas em macacos-rabo-de-porco (Macaca nemestrina) e não levou a movimentos complexos, mas é inevitável pensar na esperança que isso traz para seres humanos. Se o conceito realmente for promissor e funcionar nos próximos ensaios em animais e humanos, vai ser possível usar sinais elétricos para transmitir instruções de movimento -- como agarrar um copo ou até caminhar -- diretamente do cérebro para os membros de pessoas que ficaram paralisadas.
A pesquisa está na edição desta semana da revista científica britânica "Nature" e leva a assinatura de Chet Moritz, Steve Perlmutter e Eberhard Fetz, da Universidade de Washington em Seattle (noroeste dos Estados Unidos). Experimentos com macacos usando apenas a "força da mente" para movimentar objetos virtuais ou reais não são exatamente novidade -- o brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, é um dos pioneiros do ramo. A idéia envolve a leitura da atividade dos neurônios (células nervosas) dos bichos usando eletrodos especiais, os quais traduzem essa informação em comandos de movimento. O ápice dessa abordagem seria a criação de um "macaco ciborgue" (e, mais tarde, de um humano ciborgue) que usaria com desenvoltura o membro artificial.

Chega de intermediários

A diferença é que a nova pesquisa dispensa intermediários. "Sem o uso de braços robóticos, podemos dispensar os cálculos computacionais complicados para traduzir o sinal dos neurônios em movimento", explicou Moritz em teleconferência promovida pela "Nature". Além disso, os pesquisadores se concentraram em captar os sinais de um neurônio por vez, enquanto os demais trabalhos da área costumam envolver uma população de várias dezenas de células. "Um neurônio pode ativar vários músculos, então não se trata necessariamente de uma limitação", acrescenta Fetz.
Para os testes, os pesquisadores tiveram o cuidado de não tornar os macacos realmente paralíticos: empregaram apenas um anestésico que, na prática, impedia qualquer movimento ou sensibilidade nos braços. Os bichos tinham sido treinados para usar os neurônios conectados aos eletrodos como forma de mexer um cursor na tela de um computador, simplesmente "pensando". Agora, a tarefa mudava: os primatas tinham de usar os mesmos neurônios para estimular eletricamente os músculos do braço, de forma a contraí-los ou relaxá-los.
O experimento começou em áreas do cérebro ligadas ao movimento normal dos braços e pulsos, mas depois os pesquisadores descobriram que neurônios que não tinham nada a ver com esses processos tinham o mesmíssimo efeito, se treinados adequadamente. "Isso expande um bocado as possibilidades de controle com nosso sistema", avalia Moritz.
Nem é preciso dizer que há uma enorme distância entre contrair e relaxar alguns músculos e realizar movimentos complexos. Testes para tentar devolver totalmente a capacidade de andar, digamos, são coisa para daqui a dez ou 20 anos, afirma Moritz. "Por outro lado, talvez precisemos de apenas alguns neurônios para restaurar o movimento de pinça nos dedos da mão, o que aumentaria dramaticamente a qualidade de vida de um paciente", diz ele.

domingo, 14 de setembro de 2008

EFEITOS DO LEITE

É uma história real!

É a história da professora Jane Plant, geoquímica e chefe científica do British Geological Survey — uma prestigiada instituição pública britânica que se dedica à investigação em matéria de Geologia — pode constituir um significativo exemplo para muitas mulheres, já que ela sobreviveu a 5 tumores mamários e às práticas médicas convencionais para tratar o câncer e fê-lo, segundo ela mesma afirma, de uma forma muito simples, eliminando todos os lácteos de sua dieta. A sua história é parecida à de muitas outras mulheres. Sentiu o mesmo pânico quando lhe diagnosticaram câncer de mama e confiada no bem saber e fazer dos oncólogos submeteu-se a uma mastectomía e à irradiação dos ovários porque lhe disseram que assim provocava-se a menopausa, suprimia-se a produção de estrogénio e se poderia curar o câncer. Mas tudo resultou falso. De facto o câncer reproduziu-se até 4 vezes. Sofri a amputação de uma mama, submeteram-me a radioterapia e a uma quimioterapia muito dolorosa.

Vieram os mais eminentes especialistas do meu país mas no meu íntimo estava certa que estava enfrentando a morte. E estive quase a ponto de 'atirar a toalha', conta a professora Plant no seu livro 'Your life in your hands' (A Tua Vida Nas Tuas Mãos) onde relata a sua própria experiência e explica como chegou à ideia que acabou por salvar a sua vida: Teve origem numa viajem de meu marido à China — conta em sua obra — comecei a pensar que a minha enfermidade era virtualmente inexistente em tal país. De facto só uma em cada 10.000 mulheres morre de câncer de mama na China enquanto que só no Reino Unido os números oficiais falam de uma em cada 12.

Então o meu marido — que também é cientista — e eu mesma, começámos a investigar sobre a forma de vida e alimentação dos orientais até que chegámos à ideia que me salvou a vida: as mulheres chinesas não tinham cáncer de mama nem os homens desenvolviam tumores prostáticos porque são incapazes de tolerar o leite e, portanto, não o tomam. E mais, sabemos que os chineses são incapazes de compreender a preocupação ocidental por tomar leite de vaca.
Eles nunca o utilizam e muito menos para amamentar os seus bebés!
E se páras para pensar, não pode ser uma simples casualidade que, mais de 70% da população mundial tenha sido incapaz de digerir a lactose. Hoje creio que a natureza tenta avisar-nos a tempo, de que estamos comendo um alimento errado.

Quando Jane Plant escreveu tudo isto, estava a fazer quimioterapia ao seu quinto tumor mamário. E foi então quando decidiu suprimir por completo a ingestão de lácteos, incluindo todos os alimentos que contêm algo de leite:
Sopas, biscoitos, pastéis, margarinas, etc. E que sucedeu? — Em só uns dias - refere em seu livro — o tumor começou a encolher. Duas semanas depois da minha 2ª sessão de quimioterapia e uma semana depois de haver suprimido o leite e seus derivados, o tumor começou a picar-me. Logo abrandou e começou a minguar. Umas seis semanas depois havia desaparecido.

De facto meu oncologista, do Charing Cross — Hospital de Londres, no pôde reprimir um exclamar maravilhado: 'Não o encontro!' quando examinou a zona onde havia estado o tumor.

Pelo visto, não esperava que alguém com um câncer tão avançado — pois já havia invadido o meu sistema linfático — pudesse sobreviver.
Felizmente, aquele oncologista conseguiu superar seu cepticismo inicial e na atualidade, recomenda uma dieta sem lácteos aos seus pacientes.

Convencida de que deixar de tomar lácteos era o que lhe havia salvado a vida, Jane Plant decidiu partilhar os seus conhecimentos e sua experiência no livro antes mencionado. E de imediato, mais de 60 mulheres afligidas de câncer de mama se puseram em contacto com ela para pedir-lhe conselho.
E seus tumores também desapareceram.
Ainda que não tenha sido fácil aceitar que uma substancia tão 'natural' como o leite pudesse ter tais repercussões para a saúde — explica Plant — agora não tenho dúvida de que a relação entre os produtos lácteos e o câncer de mama é similar à que existe entre o tabaco e o câncer de pulmão.

Mas não só isso porque, por exemplo, já em 1989 o Dr. Daniel Cramer da Universidade de Harvard, determinou que estes produtos estão implicados na aparição do câncer dos ovários. E os dados sobre o câncer da próstata conduzem a conclusões similares. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que o número de homens que padecem deste câncer na China,
é de 0,5 por cada 10.000 enquanto que no Reino Unido o número é 70 vezes maior.

A chave está pois, sem dúvida, no consumo de lácteos.

Para a professora Plant o leite de vaca é um grande alimento... mas só para os bezerros! E afirma, convencida, que a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie! De facto estou convencida — conclui — de que salvei a minha vida por deixar de consumir leite de vaca.
Só desejo que a minha experiência possa servir a mais mulheres e homens que, sem o saberem, podem estar, ou virem a estar, enfermos por causa dos lácteos que consomem.

Em seu livro, para além de detalhes da sua própria experiência e dados interessantes sobre suas investigações acerca dos efeitos do leite de vaca sobre nossa saúde, reconhecem-se uma série de recomendações nutricionais que se resumem em alimentar-se basicamente de leite de soja, chá de ervas, sementes de sésamo, tofú, nozes, muita fruta e verduras frescas.
Healing Hugs

Always, Jeannette

Carla Barciela
Formadora Culinária Saudável e Consultora Pessoal Bem Estar
Tlm: +351 916443313
workshopsculinariasaudavel@gmail.com

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Idosas têm mais dificuldade para transformar proteína em massa muscular

Metabolismo da dieta muda para as mulheres com mais de 60 anos.
Exercícios de resistência física são recomendados como paliativo.

Luis Fernando Correia Especial para o G1

As mulheres acima dos 65 anos devem malhar mais e comer mais proteínas. Esse é o recado dos pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra. Os cientistas descobriram que as mulheres acima dessa idade apresentam maior fragilidade e estão mais sujeitas a quedas e suas complicações.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN

Todos nós, homens e mulheres após os 50 anos, se formos sedentários, perderemos massa muscular progressivamente. A diminuição dos músculos diminui a força para as tarefas cotidianas e proteção das articulações e dos ossos contra as quedas. Pela primeira vez os especialistas demonstraram que as mulheres, quando atingem os 60 anos, passam a ter mais dificuldade na transformação das proteínas recebidas na dieta em massa muscular.

Essa diferença se torna mais perigosa a partir do fato que habitualmente as mulheres já têm menos massa muscular no corpo. Essas características as deixam perto do limite de segurança com a perda natural e dificuldade de desenvolvimento dos músculos. Portanto as mulheres passam a ter mais uma razão para tomarem mais cuidado com a dieta e ingerirem mais proteínas.
E para transformar a proteína da dieta em músculos só existe uma receita: exercícios físicos de resistência, ou seja, musculação sob a supervisão de um profissional de educação física. Os benefícios vão além da manutenção de um corpo melhor. Os exercícios regulares atuam sobre o comportamento e sobre o padrão de socialização, fatores já conhecidos para a prevenção de quadros neurológicos, comuns nos idosos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bebida de soja com sabor de fruta

Saiba os benefícios da proteína da soja no organismo.

Muitas pessoas, na hora de comprar sucos de caixinha disponíveis no mercado, diante de tantas opções, se perguntam qual a vantagem de levar um suco de soja com sabor de fruta em relação ao suco de fruta comum.

Especialistas dizem que a razão principal não são as proteínas que a bebida contém, mas o fato de oferecerem a proteína da soja especificamente. Trata-se de um item de alta qualidade, completo e de base vegetal, com qualidade protéica igual à da carne, leite e ovos.

Além disso, garante uma boa digestão e disponibiliza aminoácidos essenciais não obtidos facilmente em outros alimentos.

A proteína da soja contém ainda isoflavonas que inibem a oxidação do colesterol LDL e a formação de coágulos sanguíneos (evitando tromboses). Alguns estudos recentes chegaram, inclusive, a relacionar o uso da proteína com a redução da pressão arterial.

Equipe Bem Star

Dieta equilibrada é sinônimo de menos peso e mais saúde

O nutricionista Felipe França passou boa parte da vida preocupado com a balança. Na infância, por ser mais magro que as outras pessoas da família, cansou de ouvir que precisava engordar, e, embora se alimentasse bem, fortificantes e remédios para abrir o apetite faziam parte do seu dia-a-dia. Até que veio a adolescência e, com ela, muitos quilos a mais. O peso não apenas deixou de ser buscado, mas se tornou também indesejado.

“Com 15 anos, pesava 90 quilos; pouco tempo depois, atingi os 100 e, não demorou muito, para chegar a 127 quilos. Nessa época, eu comia muito. Todos os dias tinha um doce diferente na minha casa, sempre preparado por mim mesmo. Paralelamente, fazia regimes variados”, afirma.

E foram muitas tentativas de emagrecer. Felipe conta que vivia em busca de dietas da moda, as mais miraculosas, como desintoxicações que só permitem a ingestão de água ou aquelas que, a cada dia da semana, a pessoa come apenas uma fruta.

“Nada disso funcionava e, por isso, comecei a entrar em depressão sem perceber. Era época de vestibular e, como lia muitos livros sobre alimentos, resolvi fazer Nutrição. No decorrer do curso, comecei então a fazer minha reeducação alimentar”, diz.

Mas aprender a comer corretamente não foi nada fácil para Felipe. Inicialmente, foi tão complicado que a depressão se acirrou, e a obesidade deu lugar à anorexia. “Em apenas sete meses, pulei de 127 quilos para 78, mas ainda assim continuava me enxergando gordo”, revela.

Com o apoio dos professores do curso, alguns deles psicólogos, Felipe superou as dificuldades e hoje tem 85 quilos. Para manter o peso, não descuida da alimentação. “Não deixo de comer nada que gosto, mas procuro moderar. Evito ingerir num mesmo dia vários alimentos calóricos, bebo muita água e dou preferência para verduras e legumes. É uma vigilância constante”, ressalta.

Excesso de peso - Assim como Felipe, milhares de pessoas em todo o mundo têm problemas com a balança. Segundo a Organização Mundial de Saúde, quase 1/3 da população mundial está acima do peso. O Índice de Massa Corporal (IMC), método muito utilizado nos serviços públicos de saúde para avaliação nutricional, é a razão entre o peso atual e a altura ao quadrado. Um IMC maior que 25 é considerado sobrepeso; superior a 30 já é obesidade.

No Brasil, 40% da população - mais de 65 milhões de pessoas, está com excesso de peso e 10% dos adultos - cerca de 10 milhões, são obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres,12% a 13%, do que entre os homens, 7% a 8%. Em Minas, de acordo com dados coletados no ano de 2007 pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan/MG) - Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição, 11% dos adultos encontram-se com obesidade.

“O problema é que a obesidade pode aumentar o risco de a pessoa desenvolver vários males, como diabetes, pressão alta, doenças do coração e algumas formas de câncer. Outro mal recorrente é a depressão, já que a pessoa com excesso de peso fica com a auto-estima abalada e psicologicamente debilitada”, destaca a nutricionista da Coordenação Estadual de Alimentação e Nutrição, Mara Diana Rolim.

Causas e soluções - A obesidade pode ser causada por diversos fatores, como genética, influências fisiológicas, sedentarismo e vários outros. Outra importante causa é a alimentação inadequada. “Os hábitos alimentares são extremamente importantes para o controle do peso. E não basta apenas comer menos, mas manter uma dieta equilibrada, que ofereça ao organismo todos os nutrientes de que ele precisa”, afirma Mara.

Nesse sentido, é importante ressaltar também que as dietas restritivas devem ser evitadas. Por serem desbalanceadas, o organismo se defende espontaneamente delas, fazendo com que, após um período de restrição, a pessoa coma muito mais. Dessa forma, o mais apropriado é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham o papel mais importante no emagrecimento. E isso inclui, além da alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente.

“Na verdade, o mais importante é que pessoa decida que quer emagrecer. Somente assim ela terá sucesso na árdua tarefa de se livrar do excesso de peso”, reflete Felipe França, o nutricionista que há sete anos se mantém com 42 quilos a menos.

Confira outras dicas:

- Procure se alimentar em horários regulares, de preferência de 3 em 3 horas em um ambiente calmo e tranqüilo, mastigando bem os alimentos;

- Consuma alimentos pobres em gordura, açúcares e sal, evitando, também, alimentos industrializados (embutidos e enlatados);

- Tipos diferentes de hortaliças e frutas fornecem diferentes nutrientes. Portanto, é importante variar os sabores, cores e texturas. Consuma-os todos os dias;

- Tempere as saladas com limão, vinagre e ervas aromáticas, evitando gordura, molhos à base de creme de leite e maionese;

- Beba oito copos de água por dia, evitando a ingestão de líquidos nas grandes refeições;

- Inicie o almoço e jantar comendo primeiro os vegetais crus e folhosos, pois eles promovem uma sensação de saciedade mais rápida por serem ricos em fibras;

- Procure realizar exercícios físicos regularmente sob orientação de um profissional habilitado, uma vez que proporciona uma série de benefícios, como o aumento da auto-estima e do bem-estar, alívio do estresse, estímulo do convívio social e melhora da força muscular.

(Agencia Minas)

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